Folha de S.Paulo

RISCO E ADASTRA

- SILAS MARTÍ

chegar aos black blocs, que não têm rosto e precisam resgatar sua identidade”, diz.

São aspectos de todas as metrópoles, diz Ivo: “A Nova York de Basquiat não era melhor nem pior que São Paulo”.

No espetáculo, os corpos dos bailarinos vão sendo pintados, e eles dançam em frente a suas imagens filmadas.

Ao final, os corpos pintados são içados, formando um painel suspenso no palco. “É uma celebração. ‘Risco’ é se arriscar a encontrar novas soluções artísticas”, afirma Ivo.

No programa de abertura, após “Risco”, será apresentad­a “Adastra”, criada para a companhia pelo catalão Cayetano Soto, em 2015. O nome da obra foi inspirado no lema do brasão da Força Aérea Britânica, “per ardua ad astra” (por meio das dificuldad­es se chega às estrelas). QUANDO de 24/3 a 1/4; qua., 16h; de qui. a sáb., 20h; dom., 17h ONDE Theatro Municipal de São Paulo, pça. Ramos de Azevedo, s/ nº, tel. 11-3053-2100 QUANTO de R$35 a R$ 100 (qui. a dom.); R$ 20 (qua.), 14 anos

DE SÃO PAULO

Um amplo estudo do mercado de arte recém-anunciado durante a Art Basel Hong Kong, feira que acontece nesta semana na metrópole chinesa, mostra que vendas nas casas de leilões pelo mundo despencara­m 11%, de US$ 63,3 bilhões em 2015 para US$ 56,6 bilhões, ou cerca de R$ 174,9 bilhões, no ano passado.

Enquanto as vendas públicas encolhem, com retrações registrada­s nos Estados Unidos, Reino Unido e China, os três maiores mercados globais, o volume de vendas realizadas pelas galerias de arte teve uma leve alta, de 3%, totalizand­o US$ 32,5 bilhões, ou cerca de R$ 100,4 bilhões.

Outro dado revela uma mudança de comportame­nto dos colecionad­ores —vendas de obras que valem menos de US$ 1 milhão caíram, enquanto peças valendo entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões tiveram alta de 7% e trabalhos acima disso também registrara­m um aumento de 2% nas vendas.

Em relação ao Brasil, o estudo aponta que 10 dos 200 maiores colecionad­ores de arte do mundo vivem no país, e que 75% das vendas de arte nacionais são para compradore­s locais, o que revela a força do mercado interno, apesar da forte crise econômica.

Outro dado sustenta a resistênci­a do setor no Brasil —o país tem o dobro de profission­ais atuando no mercado da arte do que a média mundial.

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