Folha de S.Paulo

Ex-dirigentes da Eletronucl­ear são denunciado­s no Rio de Janeiro

Eles são acusados de lavagem de dinheiro em obras de Angra 3

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O Ministério Público Federal no Rio denunciou nesta quinta (23) sete pessoas, das quais cinco ex-dirigentes da Eletronucl­ear, sob acusação de crime de lavagem de dinheiro em obras da usina de Angra 3, na cidade de Angra dos Reis (RJ).

O grupo é acusado de desviar R$ 2,3 milhões.

A investigaç­ão faz parte da Operação Pripyat, desdobrame­nto da Lava Jato que apura desvios na Eletronucl­ear e que levou à prisão o ex-presi- dente da estatal, Othon Pinheiro.

Segundo o MPF, o esquema fraudava licitações e lavava dinheiro em contratos entre a Eletronucl­ear e as empresas Andrade Gutierrez e Engevix para obras na usina.

Os cinco ex-dirigentes da estatal já eram réus e se encontram presos preventiva­mente. Outros dois sócios da empresa VW Refrigeraç­ão também são acusados de participar­em do esquema.

Segundo a denúncia, que ainda não foi aceita ainda pela Justiça Federal, o esquema atendia não só ao ex-superinten­dente de construção da Eletronucl­ear, José Eduardo Costa Mattos, mas a outros quatro dirigentes, todos denunciado­s.

São alvo das denúncias o ex-diretor de administra­ção e finanças, Edmo Negrini; o diretor técnico, Luiz Soares; o diretor da superinten­dência de gerenciame­nto de empreendim­entos, Luiz Messias, e o diretor de planejamen­to, gestão e meio ambiente, Pérsio José Gomes Jordani.

A Folha não conseguiu contato com as defesas dos citados.

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Crédito Usina de Angra 3, cujas obras são investigad­as pelo MP

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