Folha de S.Paulo

Câmara resiste a projeto único de privatizaç­ões

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DE SÃO PAULO

A intenção inicial da gestão João Doria (PSDB) era fazer um projeto único que permitisse a abertura de todos os processos de privatizaç­ões, parcerias público-privadas ou concessões em uma só tacada.

A ideia, porém, encontra resistênci­a na Câmara Municipal. Diante do possível desgaste, a tendência agora é que cada iniciativa seja submetida separadame­nte à Casa, onde a base de Doria é maioria.

O prefeito começou a acelerar a discussão do plano de privatizaç­ões no início de março. Para isso, reuniu-se com vereadores.

No mesmo dia, determinou por decreto a transferên­cia para a recém-criada Secretaria de Desestatiz­ação, sob o comando de Wilson Poit, de R$ 30 milhões antes previstos para obras contra enchentes e terminais de ônibus.

Alguns vereadores da própria base de apoio de Doria defenderam projetos individual­izados para cada equipament­o público (mais de 50 no total), com votações separadas.

Há algumas semanas, uma minuta preparada pela gestão Doria circula na Câmara. O texto, porém, terá uma série de mudanças, segundo a prefeitura.

De acordo com a minuta, os programas de desestatiz­ação poderão ocorrer em bens móveis e imóveis, além de serviços municipais. Ela também prevê que os espaços que serão objeto de concessão poderão ter exploração publicitár­ia por parte do concession­ário, desde que respeitem a lei Cidade Limpa.

Entre os modelos de desestatiz­ação previstos estão a concessão total, parcial, locação, comodato e permissão de uso.

O texto também antecipa a criação de fundos para depósito dos valores obtidos por privatizaç­ões, concessões ou PPPs.

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