Corintianos pegam até 20 anos de prisão por morte de palmeirense
DE SÃO PAULO - Três torcedores corintianos foram condenados na madrugada desta quinta (23) pela morte do palmeirense Gilberto Torres, ocorrida em 2014, após briga entre integrantes de organizadas. A confusão aconteceu na estação de trem de Franco da Rocha (na grande São Paulo), em 17 de agosto daquele ano.
“Demos uma resposta para a sociedade. Foi feita justiça e é importante que outros torcedores que usam o escudo de clubes como desculpa para atos violentos percebam que não ficarão impunes”, disse à Folha o promotor do caso, Luis Felipe Delamain Buratto.
Raimundo Cesar Faustino, Leonardo Gomes dos Santos e Gentil Chaves Siani foram condenados por homicídio.
Os jurados decidiram que os três usaram um pedaço de madeira para agredir a vítima.
Eles são da organizada corintiana Gaviões da Fiel. Torres, que sofreu traumatismo craniano e morreu três dias depois, era da Mancha Alvi Verde, organizada palmeirense.
Faustino, ex-vereador em Franco da Rocha e conhecido como Capá, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado. Santos recebeu 18 anos. Siani teve a pena mais branda: 16 anos de prisão.
“A sentença maior de Faustino foi pela liderança que ele exercia sobre o grupo e na organizada. Isso foi admitido em depoimento”, afirmou Buratto.
Faustino já havia sido flagrado em outras brigas. Em 2013, foi fotografado em confusão com torcedores vascaínos em Brasília. (AS)