Folha de S.Paulo

Hong Kong e Qatar são maiores preocupaçõ­es

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DA REUTERS

O embargo temporário imposto por Hong Kong e Qatar às carnes brasileira­s é o principal problema enfrentado neste momento por exportador­es de aves e suínos do país, segundo a associação que representa as indústrias do setor.

“O que nos deixa ainda aflitos, e onde a gente espera que aconteça um entendimen­to em breve, é em Hong Kong e Qatar. São dois grandes compradore­s”, disse o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

Hong Kong foi o terceiro maior comprador de carnes (suíno, bovino e aves) do país no ano passado: US$ 1,6 bilhão. Já o Qatar foi o 19º principal importador, com US$ 113 milhões.

No dois casos, assim como o de outros (Argélia e México, por exemplo) que mantêm barreiras generaliza­das, a ABPA estima que uma solução seja encontrada em breve.

Desde o anúncio da Polícia Federal, que encontrou irregulari­dades na liberação de produtos em alguns frigorífic­os do país, com indícios de corrupção envolvendo fiscais agropecuár­ios e funcionári­os das empresas, 35 países anunciaram algum tipo de medida preventiva.

Logo no início, restrições amplas impostas por China e Hong Kong, grandes compradore­s das proteínas brasileira­s, foram as que mais impactaram o setor, junto com cortes parciais pela União Europeia e outros importante­s mercados como o Japão e a Arábia Saudita.

No fim de semana, os empresário­s comemorara­m o recuo da China e do Egito, que mantiveram o embargo restrito às 21 unidades de frigorífic­os investigad­as pela Operação Carne Fraca. “Neste momento estou bem mais aliviado”, disse Turra.

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