Morte de argentinos gera apreensão entre turistas sobre segurança no RJ
No domingo, rapaz foi espancado na porta de bar; turista baleada morreu sábado, após mês em coma
‘Acho que a cidade é insegura para todos’, afirma visitante; agressores agiram com covardia, diz delegado
Nesta segunda (27), duas famílias argentinas se encontraram no IML (Instituto Médico Legal) do Rio. Peritos analisavam os corpos de seus parentes, vítimas de crimes que aconteceram em cantos diferentes da cidade e com semanas de intervalo entre si.
No sábado (25), morreu Natalí Capetti, 42, que estava internada havia quase um mês. Ela foi baleada por traficantes ao entrar por engano no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, no dia 27 de fevereiro.
Na madrugada de domingo (26), morreu Matías Carena, 28, após ser espancado por um grupo de brasileiros na porta de um bar em Ipanema.
Argentinos e americanos são os maiores grupos de turistas no Rio. Na alta temporada de 2016 e 2017, os argentinos representaram 20% dos 3 milhões de turistas estrangeiros que a cidade recebeu.
Entre eles, as mortes dos conterrâneos geraram apreensão. Muitos contam que receberam ligações de parentes preocupados com segurança.
“Às vezes temos a impressão de que somos mais atacados por causa da rixa que existe entre os dois países”, diz muleta, e golpeou o rapaz.”
Segundo o delegado, os suspeitos são moradores da zona sul e frequentam o bar.
Já Capetti estava de carro com o marido e um casal de espanhóis tentando chegar ao Corcovado com auxílio de um aplicativo de localização quando entrou, por engano, na favela. O carro foi recebido a tiros, que atingiram Natali na perna e na barriga.
O cônsul geral da Argentina no Rio disse que não poderia comentar os casos porque estava acompanhando a família de Carenas.
O Instituto de Segurança Pública, responsável pelas estatísticas de criminalidade no Estado, não soube informar se cresceu o número de turistas atingidos pela violência.