Folha de S.Paulo

Pode interpreta­r assim.

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O mercado é grande o suficiente para todos, a economia do turismo não para de crescer. Há duas áreas em que impactamos hotéis: uma é no seu sistema de preços. Hotéis tipicament­e têm a capacidade de modular a oferta. Na semana passada em San Francisco, o típico hotel de três estrelas custava US$ 690 por noite. E o Airbnb típico, US$ 162. E a segunda coisa são millenials [nascidos na década de 1980]. Somos a primeira opção de viagem para eles. Ser associados a millenials e hipsters não reduz o apelo?

Se você olhar para onde o mundo está indo, nos próximos dez anos esses millenials serão a vasta maioria de consumidor­es. Se você tiver de fazer uma escolha, você obviamente vai querer estar do lado certo da história. Mas temos expandido além dessa base. Quais os planos para o Brasil?

O Brasil tem potencial enorme para turismo e hoje tem desempenho inferior ao que poderia. Precisa pensar nos viajantes chineses, por exemplo, que serão mais numerosos do que todos os outros combinados nos próximos dez anos. Aonde eles irão? Vocês consideram fazer um IPO [oferta de ações]?

Vou tentar habilmente desviar dessa (risos). Há um tempo para tudo. Queremos neste momento fazer dessa uma companhia para mais de cem anos. E as fundações têm de ser incrivelme­nte fortes. Então não no curto prazo? O sr. trabalhou na Casa Branca durante o governo Clinton. Se estivesse lá, o que diria a Trump, que parece ser o pesadelo de qualquer consultor?

Sou de esquerda e fui um grande apoiador de Hillary Clinton. Falando apenas do processo, ele foi um candidato inovador, pela habilidade de se conectar e falar diretament­e com os eleitores, usando a tecnologia. Trump tem sabido demonstrar que é autêntico. Você pode não gostar disso, nem do que ele fala, mas há um bônus por autenticid­ade no mundo hoje.

Trump está mudando as regras de como a politica funciona. O presidente Franklin Roosevelt [1933-45] foi o primeiro a usar o rádio. Até aquele momento, as campanhas eram feitas em paradas de trem. E o rádio mudou a maneira como a politica funcionava, depois veio a TV. Mas você perdeu o componente de varejo, de as pessoas realmente terem que passar tempo com eleitores. Isso está começando a voltar. Trump está fazendo um “De Volta para o Futuro”, usando a tecnologia.

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