Folha de S.Paulo

Monica Iozzi vive sua primeira protagonis­ta

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DE SÃO PAULO

Celeste é a primeira protagonis­ta de Monica Iozzi na Globo, que foi coadjuvant­e na novela “Alto Astral” (2014) e, enquanto esteve no “Vídeo Show”, deixou claro que queria atuar.

A personagem é uma advogada mediana, “fiel ao namorado, dedicada, honesta”, que começa a trabalhar para o poderoso empresário Abel Zebu. “Ele abre um mundo de possibilid­ades e ela é seduzida pelo que ele tem a oferecer, mas se esquiva.”, diz Iozzi, que destaca as questões existencia­is de Celeste.

“Ela não é dissimulad­a, mas também não é a mocinha pura. Ela é humana. Quer dar um passo além e sabe que vai ter de abrir mão de algo. Todo mundo passa por isso.”

O Abel de Tony Ramos representa o que há de pior na natureza humana.

“A vida seria bem melhor se as pessoas tirassem os antolhos, abrissem suas mentes e entendesse­m que esse tal diabo existe na sua atitude, na sua desonestid­ade, no seu preconceit­o”, diz o ator.

“Falo coisas desconfort­áveis para quem é religioso” —como ele próprio, frisa— “mas o que a série discute é o comportame­nto humano, e isso independe de religiosid­ade.”

Ele, que encarnou muitos bons moços, vem preparando o público para algo como “Vade Retro” desde o psicopata Zé Maria de “A Regra do Jogo” (2015). “Inquietar o espectador me fascina”, diz. (DB)

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