Folha de S.Paulo

ENTREVISTA Para escrever novela tem que ser desavergon­hado

SEM MEDO DE ‘VIAJAR’, AUTORA VOLTA AO HORÁRIO NOBRE COM ‘A FORÇA DO QUERER’, QUE FALARÁ DE SEREISMO A TRANSGÊNER­O

- LÍGIA MESQUITA

Nascimento

Rio Branco (AC), 25.set.1948

Início da carreira

Formada em história pela UFRJ. Em 1979 fez a sinopse de um episódio de “Malu Mulher” para a Globo. Chamou a atenção de Janete Clair, que a convidou para ser sua assistente na novela “Eu Prometo” (1983). Com a morte de Clair, finalizou sozinha a trama. de realidade. Concorda?

Acho que as pessoas gostam de sonhar e que dá para fazer uma boa mistura. Novela é entretenim­ento. E através do entretenim­ento você faz com que as pessoas reflitam a realidade. Nunca ninguém assistiu, que eu saiba, à uma novela pelo cenário, mas pela história. O folhetim é uma uma obra de massa. E qual o único caminho que iguala a todos? É pela emoção. O diretor Rogério Gomes diz que você é uma autora que não tem vergonha de fazer novela. O que isso significa? folhetim, de te pegar pela emoção. Tem essa série “How to Get Away with Murder”, se a gente fizer isso em novela... A mulher mata uma pessoa, à noite, os alunos limpam tudo e quando chega a polícia, tá tudo limpo. Entendeu? Então quando dizem que você está viajando é um elogio?

Acho triste. Para quem gosta de série é contrassen­so. Vê “Dexter”. Ele saía de noite, matava aquelas pessoas, voltava para casa para comer. E nunca vi ninguém perguntar como limpou tudo.

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Estevam Avellar/Divulgação A novelista no lançamento de ‘A Força do Querer’, no Rio

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