Folha de S.Paulo

Federação da agricultur­a de SP é alvo de apuração da Promotoria

Faesp é suspeita de ser usada para favorecer filhos de presidente

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O Ministério Público de São Paulo investiga a Faesp (Federação da Agricultur­a e Pecuária do Estado de São Paulo) por suspeitas de nepotismo e favorecime­nto de familiares do presidente da entidade, o ex-deputado federal Fábio Meirelles.

Como a Folha noticiou no dia 2, a Faesp, que é mantida pela contribuiç­ão sindical obrigatóri­a paga por empresário­s rurais paulistas, vem sendo usada para atender aos interesses dos cinco filhos de Meirelles, presidente da enti- dade desde 1975.

A Promotoria do Patrimônio Público enviou ofícios à Faesp, ao Senar (Serviço Nacional de Aprendizag­em Rural), também sob o comando de Meirelles, e a diretores dissidente­s da federação para coletar informaçõe­s que embasarão a eventual instauraçã­o de um inquérito civil.

Segundo o promotor Luiz Ambra, estão na mira a contrataçã­o de empresas de filhos de Meirelles para prestar serviços para a Faesp e a nomeação de familiares para cargos na federação e em órgãos que têm convênios com ela.

Um dos contratos sob ques- tionamento é entre a Faesp e a empresa Connect, de uma filha de Meirelles. A empresa faz a cobrança administra­tiva da contribuiç­ão sindical em nome da Faesp e, para isso, recebe 15% do imposto pago.

Ambra afirmou que a apuração preliminar começou em novembro de 2016, por meio de duas denúncias à Promotoria, e que a reportagem da Folha reforçou as suspeitas. Se comprovada­s, as irregulari­dades podem configurar improbidad­e administra­tiva.

A gestão Meirelles nega favorecime­nto e afirma que tem suas contas aprovadas nas instâncias competente­s.

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