Folha de S.Paulo

Odebrecht depositou propina para Aécio em NY, diz revista

Conta seria operada pela irmã de senador, de acordo com ‘Veja’

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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria recebido propina da Odebrecht em uma conta bancária em Nova York operada por sua irmã, a jornalista Andrea Neves, segundo a “Veja”.

A revista afirmou ter tido acesso ao conteúdo da delação de Benedicto Junior. BJ, como é conhecido o executivo, afirmou, segundo a revista, que os pagamentos foram “contrapart­ida” ao atendiment­o de interesses da empreiteir­a em obras como a da Cidade Administra­tiva, em Minas, e da usina de Santo Antônio, em Rondônia, onde a Cemig (estatal mineira) integrou um consórcio.

Andrea Neves, 58, é uma das principais conselheir­as de Aécio e foi responsáve­l pela comunicaçã­o de seu governo (2003- 2010) em Minas.

Como a Folha revelou no último dia 19, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtor­a, e outros executivos do grupo disseram que acertaram repasse de R$ 50 milhões a Aécio após vencerem o leilão para a construção da hidrelétri­ca.

Em fevereiro, a Folha noticiou que BJ disse aos inves- tigadores que se reuniu com Aécio para tratar de um esquema de fraude em licitação na Cidade Administra­tiva.

A assessoria de Aécio classifico­u como “falsas e absurdas” as informaçõe­s.

“É lamentável que afirmações graves como as apresentad­as venham a público sem a devida apuração de sua veracidade”, diz, em nota. “Em nenhuma das obras citadas, houve pagamento indevido. [Aécio] jamais participou de negociação das etapas da construção da sede do governo nem interferiu na autonomia da Cemig”, afirmou.

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