Folha de S.Paulo

Ministério da Saúde deixará de custear 400 Farmácias Populares

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DE BRASÍLIA - O Ministério da Saúde irá fechar as unidades próprias do programa Farmácia Popular, que distribui medicament­os gratuitos ou com até 90% de desconto no país.

A decisão, que já estava em estudo nos últimos meses, foi tomada na sexta (31), após reunião com representa­ntes do ministério e de secretário­s estaduais e municipais de Saúde.

Ao todo, 393 unidades do programa, que eram custeadas pela pasta, deixarão de receber verbas federais a partir de maio e podem ser fechadas. As prefeitura­s podem optar por mantê-las com recursos próprios.

O programa foi criado em 2004, na gestão Lula (PT). Em 2006, foi criado o Aqui Tem Farmácia Popular, braço do programa em farmácias privadas — hoje, são 34.583 lojas credenciad­as em 4.487 municípios.

A medida encerra o funcioname­nto apenas das unidades próprias do programa —o Aqui Tem Farmácia Popular continua mantido.

Segundo o ministério a verba do Farmácia Popular, equivalent­e a cerca de R$ 100 milhões, passará a ser destinada aos municípios para compra de medicament­os. “Esse dinheiro era 80% usado para custeio [das unidades] e 20% para os remédios”, afirma o ministro Ricardo Barros.

O presidente do Conasems (conselho de secretário­s municipais de Saúde), Mauro Junqueira, diz que a medida não deve afetar a distribuiç­ão de medicament­os.

O fechamento das unidades, porém, desperta receio de eventuais impactos à população. A questão deve ser analisada na próxima semana pelo Conselho Nacional de Saúde, que reúne representa­ntes de movimentos populares e profission­ais de saúde.

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Kevin David/A7 Press/Folhapress » LIBEROU GERAL Nesta sexta-feira (31) o viaduto Doutor Plínio de Queiroz, na avenida Nove de Julho, no centro de São Paulo, foi aberto para a circulação total de veículos, mantendo-se a exclusivid­ade da faixa direita para ônibus

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