Professores municipais de SP fazem acordo para encerrar greve
DE SÃO PAULO - Os profissionais da rede municipal de educação de São Paulo decidiram, em assembleia no final da tarde desta sexta (31), pelo encerramento da greve da categoria. A prefeitura atenderá parte das reivindicações dos servidores e outras questões serão rediscutidas.
Os professores tinham parado suas atividades desde o dia 15, quando houve paralisação geral de funcionários públicos pelo país, em protesto contra a reforma da Previdência.
Após a assembleia, os manifestantes se juntaram às entidades de classe que protestaram contra as reformas do governo Michel Temer (PMDB).
A greve na educação municipal atingiu entre 55% e 60% das escolas municipais, em torno de 900 das cerca de 1.600 instituições de ensino da rede.
A classe manifesta-se ainda contrária à reforma do ensino médio e ao projeto de lei municipal que cria o Sampaprev, que estabelece o teto do INSS para os servidores —hoje de R$ 5.531,31. O projeto tramita na Câmara. O Sinpeem (sindicato do ensino municipal) reivindica também reajuste salarial.
Segundo o sindicato, a gestão João Doria (PSDB) apresentou propostas. No caso do Sampaprev, a prefeitura afirmou que o projeto não é “do atual governo” e que “não há qualquer interesse para que sua tramitação seja agilizada”, de acordo com o Sinpeem.
A proposta da prefeitura seria discutir junto ao sindicato uma alternativa para resolver a questão previdenciária.
Os novos pisos salariais devem ser apresentados em abril e os dias de paralisação não serão descontados dos servidores —mediante reposição. Há ainda a intenção de formarem comissões para discutir a violência, e outras questões.
As unidades municipais de ensino voltam às aulas a partir de segunda-feira (3) e, no dia 28 aderirão à paralisação nacional contra a as reformas de âmbito nacional.