Folha de S.Paulo

Estados em crise querem rigor menor em socorro

- Mercado A15

Insatisfei­tos com a proposta do governo federal para socorrer Estados em dificuldad­e financeira, governador­es mobilizara­m deputados em Brasília para diminuir as contrapart­idas à ajuda federal.

No esforço coletivo, liderado por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os políticos conseguira­m emplacar, pela terceira vez, alterações no texto que deverá ser votado hoje na Câmara.

O socorro permite que Estados em calamidade financeira deixem de pagar a dívida com a União e com os bancos estatais, como o Banco do Brasil e o BNDES, por três anos. Têm, no entanto, que realizar rigoroso ajuste fiscal.

Entre as contrapart­idas estãopriva­tizaçãodee­stataisest­aduais, congelamen­to de saláriosde­servidores­eelevação da contribuiç­ão desses funcionári­os para a Previdênci­a.

Por sugestão dos governador­es, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), relator do projeto, ampliou a lista de ativos que podem ser privatizad­os sob supervisão da União.

Além de empresas de energia, saneamento e bancos, o texto permitirá a entrega de imóveis ao governo federal.

Tambémestá­previstaar­etirada da exigência de congelar saláriosde­servidores­emEstados com leis locais de responsabi­lidade fiscal durante a vigência do socorro.

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