Folha de S.Paulo

Indústrias de energia solar e eólica paralisam investimen­tos neste ano

Pé atrás

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Empresas do setor de energia eólica e solar congelaram seus planos de investimen­to desde dezembro do ano passado, quando um leilão de reserva do setor foi cancelado às vésperas de sua realização.

A chinesa BYD aguarda um novo certame para investir entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões na expansão de sua fábrica de painéis solares em Campinas (SP), afirma o diretor Adalberto Maluf.

“As empresas ganhadoras são nosso grande foco. O cancelamen­to frustrou, mas acreditamo­s que até o fim deste ano haverá um leilão.”

Para a Pacific Hydro, que acaba de ser comprada pela Spic (State Power Investment Corporatio­n), os planos de expansão no país são de longo prazo e não foram afetados, segundo a presidente no Brasil, Adriana Waltrick.

A empresa já tem terreno comprado e licenciame­nto ambiental aprovado para dois parques eólicos, que deverão somar 250 megawatts. O investimen­to não foi aberto, mas a média de aporte por megawatt é de R$ 6 milhões.

A geração distribuíd­a tem compensado em parte a falta de leilões, diz Orestes Gonçalves Junior, sócio da Sunlution. “Houve um vazio de demanda desde dezembro. Temos buscado contratos de geração em fazendas e no setor de saneamento básico.”

A demanda, porém, não justifica grandes aportes, segundo Bernardo Scudiere, sócio da SGP Solar, que hoje importa todos os equipament­os. “Nosso plano de construir uma fábrica no Brasil depende da realização de leilões.”

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Adriana Waltrick, presidente da empresa de energia no país

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