Folha de S.Paulo

EUA lançam no Afeganistã­o ‘mãe de todas as bombas’ contra o EI

Trata-se da primeira vez que o artefato explosivo, projetado em 2002, é utilizado em combate

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Presidente Donald Trump elogia a operação militar, que classifico­u como ‘uma missão muito exitosa’

Os EUA lançaram no Afeganistã­o nesta quinta (13) sua mais potente bomba não nuclear, anunciou o Pentágono.

A operação ocorre em meio a um escaloname­nto da retórica militar americana e de ações em campo.

Nos últimos dias, o governo de Donald Trump promoveu um ataque contra o governo sírio —o primeiro na guerra que se arrasta há seis anos—, reiterou ameaças à Coreia do Norte (leia texto nesta página) e declarou que sua relação com a Rússia está no pior momento.

A GBU-43/B —conhecida como “mãe de todas as bombas” em um trocadilho com a sigla “moab” (que pode re- A bomba utiliza um presentar a expressão “mother of all bombs” ou o acrônimo em inglês para munição maciça para explosão no ar)— foi lançada de um avião MC-130 na província de Nangarhar, numa área onde estariam túneis usados milícia radical Estado Islâmico.

Foi a primeiro vez que o armamento foi usado em combate. Segundo o jornal britâ- nico “Independen­t”, o artefato, projetado pela Força Aérea dos EUA em 2002, pesa mais de dez toneladas, com 8.164 quilos de explosivos.

Na Casa Branca, Trump elogiou a operação, que classifico­u como “uma missão muito exitosa”. “Temos os melhores militares do mundo, e eles voltaram a fazer o seu trabalho, como é de cos- tume”, afirmou o presidente.

O general John Nicholson, chefe das forças americanas no Afeganistã­o, disse que a bomba é “munição adequada para reduzir os obstáculos e manter o impulso da ofensiva contra as forças do EI”.

Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca, afirmou que “todas as precauções para evitar vítimas civis e danos colaterais foram tomadas”. Não havia, até a conclusão desta edição, relatos sobre mortos e feridos.

O governador do distrito afegão de Achin, Esmail Shinwari, disse à agência AFP que a bomba caiu em uma área chamada Momand Dara: “Enormes colunas de fogo tragaram toda a área”. Ele acrescento­u que não há informaçõe­s sobre as vítimas, por se tratar de uma área sob controle do Estado Islâmico.

O Estado Islâmico, que domina vastas áreas do território da Síria e do Iraque, começou mais recentemen­te a se expandir no Afeganistã­o, onde conseguiu atrair seguidores dos grupos talibãs na região, assim como islamistas de origem uzbeque.

Militares da Otan,a aliança militar ocidental, estimam que no início de 2016 o EI treinava cerca de 3.000 combatente­s no Afeganistã­o, embora esse número atualmente deva ter no país de 600 a 800 homens armados. “Brazil’s Never-Ending Corruption Crisis”.

O jornalista Brian Winter escreve “por que a transparên­cia radical é a única maneira de consertar” o que acontece no país. Descreve escândalos de corrupção como “rotina” por aqui há 60 anos.

No ‘NYT’, ‘Uma presidente afastada, cambaleant­e, mas desafiador­a’

Misoginia Ernesto Londoño, que será o novo correspond­ente do “New York Times” no Brasil, fez a sua pré-estreia com uma entrevista de Dilma Rousseff, em Harvard. O jornal destacou uma frase dela: “Havia um elemento bastante misógino no golpe contra mim”. Londoño, editoriali­sta de América Latina do “NYT”, chamou a atenção com escritos sobre a reaproxima­ção entre Cuba e EUA e sobre os direitos de transgêner­os.

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A GBU-43/B, conhecida como a ‘mãe de todas as bombas’, em exibição num museu da Força Aérea dos EUA próximo a Valparaíso, no Estado da Flórida
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