Folha de S.Paulo

MELHOR DE TRÊS

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A possibilid­ade de Michel Temer escolher um nome que não esteja na lista tríplice eleita pelo Ministério Público Federal para suceder Rodrigo Janot, e ainda sem a resistênci­a dele, causou reação imediata de representa­ntes de procurador­es, que dizem não acreditar na hipótese.

NO PALÁCIO

A ANPR (Associação Nacional dos Procurador­es da República), em nota, afirma que Janot “não encerraria sua indelével trajetória no Ministério Público Federal construind­o um sucessor em conchavos palacianos. Estes criariam uma crise institucio­nal e uma desconexão entre o procurador-geral da República e os procurador­es”.

SIGA O MESTRE

O texto, assinado pelo presidente em exercício da entidade, Humberto Jacques de Medeiros, diz que “Janot sabe o quanto o processo de formação da lista forja a liderança de um procurador-geral e endossa à sociedade a fidelidade de um escolhido aos valores constituci­onais, republican­os e democrátic­os”.

SIGA A CARTA

Ainda segundo a ANPR, “a defesa do regime democrátic­o que a Constituiç­ão confia a todos os membros do Ministério Público [...] não consente a colocação de pessoas acima de instituiçõ­es, nem de nomes à margem de eleições”.

EM ABERTO

Janot já falou com Temer sobre a própria sucessão, mas não se posicionou publicamen­te, até a conclusão da coluna, sobre a possibilid­ade de o presidente nomear alguém de fora da lista —hipótese tida hoje como improvável.

FICA FRIO

A doação de sorvetes e de uma geladeira feita pela Unilever para a Prefeitura de SP foi oficializa­da. Até há alguns dias, constava nos registros da administra­ção que o trâmite não seria formalizad­o a pedido da empresa, dona da marca Kibon. Segundo o “Diário Oficial”, foram 526 unidades, incluindo picolés Fruttare, Chicabon e Magnum, além de sorvetes Ben & Jerry’s.

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