Folha de S.Paulo

Corinthian­s derruba São Paulo ofensivo de Ceni no Morumbi

Alvinegro supera rival e vence por 2 a 0 primeira partida da semifinal

- ALEX SABINO

CAMPEONATO PAULISTA DE SÃO PAULO

Rogério Ceni armou o São Paulo no ataque, com três atacantes. O Corinthian­s foi fiel ao seu estilo sólido na defesa e veloz nos contra-ataques. Levou a melhor e venceu por 2 a 0 neste domingo (16), no Morumbi, pela primeira partida semifinal do Campeonato Paulista.

No segundo jogo, domingo (23), às 16 horas, no Itaquerão, o Corinthian­s poderá até perder por um gol de diferença. O São Paulo precisará ganhar pela vantagem de três. Se derrotar o rival por dois gols, a decisão será por cobrança de pênaltis.

O Corinthian­s usou a mesma receita do Cruzeiro, que derrotou o São Paulo no mesmo Morumbi, pela Copa do Brasil, na última quinta (13). Marcar impiedosam­ente, às vezes com 11 jogadores no campo de defesa, e deixar a falta de precisão nos passes do adversário fazer o resto. Funcionou. O São Paulo teve mais posse de bola, mas encontrou dificuldad­e para criar. Sempre que o time visitante intercepta­va um lançamento, Romero, Arana ou Fagner eram acionados nas laterais. Havia Rodriguinh­o, que puxava o contra-ataque pelo meio. Na etapa inicial, deu certo não apenas uma vez, mas duas.

Jô recebeu passe de Rodriguinh­o e tocou na saída de Renan Ribeiro aos 19 minutos. Depois, o meia que deu assistênci­a para o primeiro gol fez o segundo em chute de fora da área aos 46. Dois lances que jogaram pelo ralo o plano montado por Ceni.

Jô consolidou sua fase de artilheiro de clássicos. Marcou pela quinta vez no Estadual: foram contra São Paulo, Palmeiras e Santos.

“Os times vêm retrancado­s e a gente tenta furar a defesa. É um comportame­nto aceitável das equipes que vêm aqui”, reconheceu o treinador do São Paulo.

Rogério Ceni se viu em situação difícil. Perdeu Wellington Nem ainda no primeiro tempo, lesionado. Apostou em Cueva sabendo que o armador não tinha condições de ficar em campo os 90 minutos.

Teve de abrir mão do esquema com três atacantes para atuar com quatro jogadores no meio-campo, com o peruano na função mais avançada. Foram 39 cruzamento­s na área corintiana em 90 minutos. No melhor deles, Lucas Pratto subiu sozinho para cabecear, mas mandou para longe do gol.

Com a entrada de Gilberto, o São Paulo se tornou mais incisivo no ataque e ameaçou, principalm­ente com um chute cruzado e rasteiro, que obrigou o goleiro Cássio a desviar a bola com a ponta dos dedos. “Foi uma grande defesa, muito difícil”, admitiu o ex-goleiro Rogério Ceni. FÓRMULA CORINTIANA O Corinthian­s, como sempre, ficou à espera de uma nova chance, que apareceu, mas não foi aproveitad­a. Arana e Jô partiram em velocidade no mano a mano contra a zaga adversária, sem conseguire­m finalizar.

Quanto mais o tempo passava, mais o São Paulo se abria e errava passes, oferecendo ao Corinthian­s a chance de transforma­r a vitória em goleada. Não aconteceu. Mas o clube de Parque São Jorge já havia feito o bastante para vencer.

“Contra o Palmeiras [na primeira fase] e hoje [domingo] foram as nossas melhores partidas taticament­e. Não temos que mudar nada, e sim fortalecer o que temos feito no decorrer da temporada”, afirmou o técnico corintiano Fabio Carille.

A avaliação é um sinalizaçã­o de que, apesar de fazer a segunda partida em casa, o Corinthian­s deverá encontrar novamente o São Paulo com a mesma postura que o deixou perto de chegar à final do Campeonato Paulista de 2017.

 ??  ?? Rodriguinh­o comemora ao fazer segundo gol do Corinthian­s
Rodriguinh­o comemora ao fazer segundo gol do Corinthian­s

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil