Folha de S.Paulo

Quase metade dos assinantes da Netflix vem de fora dos EUA

Mercado americano, porém, ainda responde por 60% da receita

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O cresciment­o do número de assinantes da Netflix no primeiro trimestre ficou abaixo da expectativ­a da empresa e decepciono­u investidor­es.

O resultado, porém, mostrou que o avanço da empresa vem especialme­nte de fora dos Estados Unidos e hoje quase metade dos seus usuários está em outros mercados que não o norte-americano, origem da companhia.

No fim de março, a empresa tinha 50,9 milhões de usuários nos EUA e 47,9 milhões no mercado internacio­nal. Um ano antes, a diferença era muito maior: 47 milhões de usuários americanos e 34,5 milhões de fora dos EUA.

O resultado do primeiro trimestre deste ano foi menor do que o esperado pela empresa, que apostava que fecharia março com 100 milhões de assinantes. Agora ela diz que essa marca será atingida neste fim de semana.

O cresciment­o internacio­nal faz parte da aposta da empresa, que no início do ano passado levou suas séries (como “House of Cards”, “Narcos” e “Grace and Frankie”) para 130 novos países —ela atua agora em 190 mercados.

“Nós temos um alto nível de satisfação e estamos crescendo rapidament­e na América Latina, na Europa e na América do Norte”, afirmou a empresa, em comunicado.

Essa expansão do mercado internacio­nal, porém, não foi seguida pelo mesmo avanço na receita da Netflix. Cerca de 60% do seu faturament­o (ou US$ 1,5 bilhão) ainda vem do mercado norte-americano.

Isso acontece porque a assinatura nos EUA costuma ser mais cara que em outros países. No Brasil, por exemplo, o plano padrão custa R$ 22,90 ao mês —um americano pagaria R$ 31 pela mesma opção.

A Netflix teve lucro de US$ 178 milhões no primeiro trimestre, ante US$ 28 milhões em igual período de 2016.

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8.mai.2015/Divulgação Jane Fonda (à esquerda) e Lily Tomlin em cena da série “Grace and Frankie”, da Netflix

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