Folha de S.Paulo

Não sou candidato a nada, nem a governador, afirma Doria

Prefeito de São Paulo volta a fazer críticas ao PT e a Lula durante seminário promovido pelo ministro Gilmar Mendes em Lisboa

- GIULIANA MIRANDA PATRICIA ARAÚJO

FOLHA, COLABORAÇíO PARA A FOLHA, NO VATICANO

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, agora durante seminário de direito organizado em Lisboa pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.

“O Lula toda hora alfineta a população brasileira, mentindo e dizendo que vai voltar para salvar o Brasil. Salvar do quê? Dos três anos de recessão que ele e Dilma Rousseff entregaram de presente? Salvar os 13 milhões de desemprega­dos que ele deixou na rua, os trabalhado­res que ele devia defender?”, disse em conversa com jornalista­s depois do evento.

O tucano negou que vá se candidatar a algum cargo em 2018. “Não sou candidato a nada, nem a governador nem a presidente da República. Sou candidato a ser um bom prefeito da minha cidade, a agir de forma correta, inovadora, honesta e transparen­te. É assim que vou dar a minha demonstraç­ão que o Brasil não precisa de Lula e não precisa de PT”, disse ao fim de sua palestra, arrancando aplausos da plateia.

Doria passou apenas cerca de quatro horas na capital portuguesa. Pela manhã, ele esteve em Roma onde se encontrou com o papa Francisco e pediu que o pontífice reconsider­asse a decisão de não vir ao Brasil para a comemoraçã­o dos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida, celebrado em outubro.

“Será muito difícil. É difícil, mas espiritual­mente estou com vocês”, respondeu o papa ao receber do tucano uma camisa da seleção brasileira assinada por todos os jogadores.

O encontro com o pontífice foi realizado na praça de São Pedro (Vaticano).

Doria insistiu e pediu que Francisco reconsider­asse a decisão. “O difícil não é impossível. Se o senhor puder reconsider­ar”, disse o tucano, que usou gravata para se encontrar com o pontífice. Antes de assumir o cargo, uma das primeiras regras de Doria foi vetar seus secretário­s de usar gravata.

O encontro acontece depois de o pontífice declinar o convite do presidente Michel Temer para visitar o Brasil.

Em carta ao presidente, o líder da Igreja Católica citou a crise nacional ao declinar o convite e afirmou que são, sobretudo, “os mais pobres” que pagam “o preço mais amargo” por “soluções fáceis e superficia­is para crises”.

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Lincon Zarbietti - 2.abr.2017/O Tempo O prefeito de BH, Alexandre Kalil (PH), visita ocupação
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Reprodução João Doria cumpriment­a o papa Francisco no Vaticano

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