Aval para compra do Banco Pan foi técnico, afirma BC
Negócio com a Caixa, de 2009, é investigado por suspeita de pagamento de propina
O Banco Central afirmou que os procedimentos de aprovação da compra do PanAmericano pela Caixa foram totalmente técnicos e que, na época da operação, não havia nenhum indício de fraude na contabilidade do banco que pertencia ao apresentador Silvio Santos.
A Polícia Federal deflagrou uma operação na quarta (19) para apurar suspeitas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro na transação, que foi aprovada pelo BC e pode ter lesado a Caixa.
Antigos executivos do PanAmericano já tinham sido alvo de investigações em 2010 e respondem a ações movidas pela Justiça por supostas fraudes contábeis que levaram o banco à intervenção do BC.
Desta vez, a operação da PF mira funcionários da Caixa, do BC e executivos do BTG Pactual, controlado à época por André Esteves.
A operação autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de 35 empresas e pessoas físicas, entre elas o de um diretor do Banco Central, Anthero Meirelles.
Sobre Meirelles, hoje diretor de Fiscalização do BC e que na época era diretor de administração, a autoridade monetária disse que a autorização não é feita por apenas uma pessoa e que seus procedimentos foram regulares. OUTRO LADO A assessoria de imprensa da Caixa afirmou que a Caixa Participações está “prestando irrestrita colaboração com os trabalhos” das autoridades. Em comunicado, o Banco PanAmericano afirmou que está colaborando com as investigações.
O BTG Pactual informou que “não foi parte nem teve nenhum envolvimento na compra de participação do Banco Panamericano pela Caixapar em 2009”. VINICIUS TORRES FREIRE Excepcionalmente hoje a coluna não é publicada.