Alckmin está ‘muito constrangido’ com delação, diz Doria
Prefeito de São Paulo afirmou que o governador tem vida limpa e sairá absolutamente ileso dessa situação
Tucano voltou a dizer que não vai concorrer em 2018 e defendeu o padrinho político para o Palácio do Planalto
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), está “muito constrangido” com a acusação feita por um delator da Odebrecht de que negociou caixa dois para sua campanha eleitoral de 2010.
“[Ele está] muito constrangido. O governador é um homem de bem, correto, honesto, polido, tem uma vida limpa. São 40 anos de vida pública. É evidente que alguém que tem uma vida limpa, construída com modéstia, como ele tem, fica constrangido diante dessas circunstâncias”, declarou o prefeito.
Doria defendeu o governador, que é seu aliado e apadrinhou sua candidatura à prefeitura paulistana em 2016. “Como ele [Alckmin] mesmo diz, ele fará a sua defesa com a convicção de que nada deve e sairá absolutamente ileso dessa situação, embora diante de todo esse constrangimento.”
Nas fileiras do PSDB, ambos são citados como potenciais candidatos à Presidência da República em 2018. Doria, segundo alguns tucanos, levaria vantagem nessa disputa interna depois das revelações feitas contra Alckmin nas delações da Odebrecht.
O prefeito paulistano participou do fórum empresarial organizado anualmente pelo grupo que leva seu sobrenome e que presidiu até 2016.
Ele reiterou, mais uma vez, que não será candidato em 2018 e que cumprirá os quatro anos de mandato na capital paulista.
Doria também defendeu novamente a candidatura de Alckmin ao Palácio do Planalto no ano que vem.
“Meu candidato à Presidência da República é Geraldo Alckmin. Temos bastante tempo ainda. Não quero antecipar o processo eleitoral, porque é importante que essa transição seja feita de forma equilibrada e tranquila pelo presidente Michel Temer”, disse.
Doria afirmou que “é cedo para dizer quem estará dentro ou fora” do cenário político devido às revelações de corrupção feitas em delações que se tornaram públicas na semana passada. “Até o ano que vem isso se consolida, se cristaliza.” PESQUISAS O prefeito tucano declarou estar lisonjeado com pesquisas eleitorais que citam seu nome entre os primeiros colocados na disputa pela Presidência. “Elas são lisonjeiras porque mostram um índice de aprovação elevado. Ninguém frequenta pesquisas nacionais se estivesse fazendo uma má gestão à frente da cidade de São Paulo.”
Numa escalada do discurso que vem promovendo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Doria chamou o petista de “facínora” e afirmou que considera sua possível candidatura ao Planalto como um “retrocesso”.
“[Ele] agora quer se apresentar como salvador? Al-