Já em relação aos imigrantes ilegais conhecidos como “dreamers”, Trump suavizou
O governo do presidente Donald Trump intensificou as ameaças às cidades-santuário nos Estados Unidos. Elas protegem imigrantes irregulares da deportação, recusando-se a cooperar com forças federais de imigração.
O Departamento de Justiça enviou nesta sexta-feira (21) cartas a nove jurisdições advertindo que iria restringir o acesso a verbas caso os locais não provem até 30 de junho que seguem os padrões de cooperação com autoridades federais de imigração estabelecidos por uma lei de 1996 .
Entre as localidades que receberam as cartas estão Nova York, Filadélfia, Chicago, Nova Orleans e o Estado da Califórnia. “Muitas dessas jurisdições também estão desmoronando sob o peso da imigração ilegal e dos crimes violentos”, disse o Departamento de Justiça em nota.
A pasta citou ainda o aumento nos índices de violência de Chicago e os assassinatos por gangues em Nova York como “consequência previsível de uma suavização nos padrões da polícia de combate ao crime”.
O secretário de Justiça, Jeff Sessions, já havia afirmado em março que a lei de 1996 deveria ser obedecida pelas cidades-santuário, caso contrário elas perderiam acesso a verbas do governo federal.
À época, o prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, havia prometido lutar na Justiça contra qualquer tentativa de cortar recursos destinados à cidade.
Nesta sexta-feira, seu porta-voz afirmou que as alegações do Departamento de Justiça sobre os homicídios por gangues em Nova York são “fatos alternativos”.
A Prefeitura de Chicago também descartou a conexão entre crime e imigração ilegal feita pelo governo Trump. “Nem os fatos nem a lei estão do lado do Departamento de Justiça”, declarou o prefeito democrata Rahm Emanuel.
A porta-voz do prefeito da Filadélfia afirmou que a cidade tem os menores índices de crime em 40 anos e que a lei é cumprida integralmente.
O presidente do Senado da Califórnia, o democrata Kevin de Leon, disse que a administração Trump baseia suas políticas “em princípios de supremacia branca” e não nos valores americanos. ‘DREAMERS’