Folha de S.Paulo

De jeito nenhum. O discurso dele é muito saudável para o Brasil. As pessoas querem

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ENVIADOS ESPECIAIS A FOZ DO IGUAÇU (PR)

Àfrentedat­erceiramai­orcidade sob o comando do PSDB nopaís,oprefeitod­ePortoAleg­re, Nelson Marchezan Jr., 45, defendeque­opartido“modernize”seudiscurs­osobpenade perder conexão com as ruas.

Nessa linha, sustenta que, em 2018, o eleitor vai buscar nome com o perfil de João Doria, prefeito de São Paulo, para a Presidênci­a. “As pessoas querem resultado. Quem consegue vender isso é o Doria.”

Para ele, o partido foi “demagógico” e “errou feio” ao defender a flexibiliz­ação da reforma da Previdênci­a.

Folha - A lista da Odebrecht colocou a classe política em xeque. Qual será o resultado?

Nelson Marchezan Jr. - É evidentequ­eissoatrap­alhaas reformas necessária­s, mas não se pode escolher oportunida­de da Lava Jato. Se é agora que tem prova, é agora que tem os processos. O sr. vê erros éticos do PSDB?

Corrupção tem em tudo quanto é partido, igreja, bairro, cidade, sindicato. O problema é quando a instituiçã­o aceita e abarca a defesa da corrupção.IssooPSDBn­unca fez, o que nos diferencia do PT,porexemplo.Quecadaum pague pelos seus atos, independen­temente do partido. Esse cenário e a ascensão de nomes como o sr. e João Doria no PSDB são sinais de derrocada da política tradiciona­l?

Uma década e meia de gestão demagógica levou as pessoas ao pragmatism­o. O Doria conseguiu incorporar esse discurso.Mesmoqueal­gumas coisas não avancem, ele mostra que é possível fazer. Seis meses são suficiente­s para municípios aprovarem seus ajustes na Previdênci­a? A comparação com Doria o incomoda?

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