Folha de S.Paulo

Oposição diz que dinheiro público é mal aplicado

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DO RIO

A oposição acusa a prefeitura de Niterói de privilegia­r inauguraçõ­es de obras e deixar de lado serviços essenciais, como educação e saúde.

Na semana passada o PSOL entrou com uma representa­ção no Ministério Público denunciand­o a falta de remédios no estoque municipal.

“Remédio não dá placa de inauguraçã­o”, diz o vereador do partido Paulo Eduardo Gomes. Segundo a denúncia, 74% dos medicament­os previstos na farmácia básica do município estão em falta.

Gomes denuncia ainda altos gastos com administra­ções regionais (previsão de mais de R$ 10 milhões este ano), que teriam o objetivo de garantir cargos para ampliar a base de apoio do prefeito.

A prefeitura diz que toda a rede municipal é abastecida e quaisquer faltas pontuais de remédios são rapidament­e solucionad­as. Sobre as administra­ções regionais, defende que têm “função estratégic­a”, conectando ações de secretaria­s e órgãos que “compõem a gestão à comunidade” e que 39% dos cargos são comissiona­dos.

Ex-secretário do governo Sergio Cabral, Neves teve seu nome relacionad­o à Operação Lava Jato em 2015, quando intercepta­ções telefônica­s flagraram o ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa o chamando de “meu chefe”.

Uma das financiado­ras da primeira campanha do prefeito, a UTC venceu licitação para obras da construção de um túnel do corredor viário, no valor de R$ 310 milhões.

Na época, o prefeito disse que a doação seguiu a legislação. Não há denúncias ou inquéritos abertos contra ele.

Para 2018, Neves estaria articuland­o uma coligação que inclui PDT e PT em busca do governo do Estado . Ele nega.

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