Apesar da expansão, grupos que trabalham com práticas integrativas também apontam desafios. “Ainda há muito desconhecimento,
Segundo ele, a pasta tem aumentado a oferta de cursos à distância para atender à demanda por expansão.
No início deste mês, uma portaria do Ministério da Saúde incluiu 14 novas terapias à política nacional de práticas integrativas. Com isso, o número de práticas complementares reconhecidas no SUS passou de cinco para 19.
São elas: arteterapia, ayurveda, até de profissionais”, relata Valéria Frota, gerente de práticas integrativas da secretaria de saúde do Distrito Federal, um dos primeiros a ofertar esse tipo de atendimento no país.
“Existe também muita resistência. Muitas vezes as pessoas nos procuram com dor e propomos um tipo de terapia, mas elas hesitam. Depois, querem repetir”, relata.
Foi o que ocorreu com Marcileia Freitas, 38, ao saber da oferta de cursos de shantala pela unidade de saúde onde consultava na gravidez.
“Não sabia direito para o que servia.” Hoje, aplica a massagem todos os dias nas duas filhas, ambas com sete meses. “Elas ficam menos agitadas e dormem mais.”
Já Adriani Tiussi, 39, descobriu há duas semanas o reiki, técnica que usa a imposição das mãos para transmitir energia e tentar restabelecer o equilíbrio físico, espiritual e emocional. “Isso tem me ajudado a controlar a ansiedade. Tenho dormido melhor e sentido maior controle.”
Para Frota, o benefício das práticas está na possibilidade de complementar o tratamento ou prevenir doenças.
“Quando o paciente utiliza esse tipo de serviço, ele diminui a medicação e o índice de dor, entre outros fatores que levam a patologias”, diz. OUTROS EMBATES Outro ponto frequente das discussões se refere ao tipo de profissional que deve aplicá-las. É o caso da quiropraxia, que ganhou recomendação na portaria do Ministério da Saúde para que seja feita somente por fisioterapeutas, ou da acupuntura, com aval a diferentes profissionais de saúde. O CFM, porém, defende que essa última seja aplicada só por médicos.
Para Evaldo Leite, da Associação Brasileira de Acupuntura, a técnica pode ser exercida por diferentes profissionais, desde que exista formação adequada.
A substituição de tratamentos convencionais pelos alternativos é um outro receio. “É sempre recomendável haver o alerta para que não haja abandono de terapias reconhecidas”, diz Vital, do CFM.
Souza nega que haja esse estímulo. “A incorporação não significa substituição do tratamento convencional.” (NC)