Folha de S.Paulo

Eliminado, São Paulo ficará quase três semanas sem ir a campo

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PAULISTA

DE SÃO PAULO Após duas desclassif­icações consecutiv­as, Rogério Ceni defende grupo e diz que excesso de gols sofridos se deve a problemas com bolas aéreas

Eliminado do Campeonato Paulista neste domingo (23), sua segunda desclassif­icação no espaço de cinco dias, o São Paulo ficará agora quase três semanas sem disputar uma partida oficial.

Na última quarta-feira (19), o clube havia caído perante o Cruzeiro na Copa do Brasil.

A equipe só voltará a campo no dia 11 de maio, para enfrentar o Defensa y Justicia, da Argentina, no Morumbi, pela partida de volta da primeira fase da Sul-Americana.

Como empatou o primeiro jogo em 0 a 0, o time tricolor necessita de uma vitória simples para avançar de fase.

O período sem jogos será o maior do São Paulo desde o início da temporada. No mês de abril, disputou sete partidas em um espaço de 22 dias. Foram 23 compromiss­os oficiais em 2017 —a primeira partida foi em 5 de fevereiro.

“Talvez esse elenco fique mais enxuto. Foram 23 jogos de quarta e domingo. Temos de parar, repensar e seguir para o Brasileiro. Minha expectativ­a é fazer com que o time chegue à Libertador­es em 2018”, disse Rogério Ceni.

O treinador classifico­u a campanha no Estadual como o “mínimo que um grande clube pode fazer”.

Neste período sem jogos, o técnico são-paulino vai procurar fazer ajustes para a equipe ter mais equilíbrio.

O São Paulo é um time que marca muitos gols, mas também os sofre em profusão.

Dos 16 jogos que disputou no Estadual, o clube não tomou gols em três: diante do rebaixado São Bernardo e nas duas partidas realizadas no Morumbi contra o Linense.

No total, passou ileso em cinco das 23 partidas oficiais que disputou no ano. A maior preocupaçã­o é com os gols tomados de bola parada.

Já o setor ofensivo do São Paulo tem mostrado competênci­a. No Paulista, o time marcou 33 vezes em 16 jogos, média superior a dois gols por partida —não marcou apenas contra o Palmeiras, pela fase de classifica­ção, e diante do Corinthian­s, no duelo de ida da semifinal. No total, já são 44 gols na temporada.

“Tomamos muitos gols de bola parada nesses quatro meses e meio. É um número bastante alto para uma equipe. Temos que trabalhar as bolas paradas para repensar o planejamen­to para o Brasileiro”, resignou-se Ceni.

“Honestamen­te, a equipe vem sendo mais regular nas últimas partida. Baixamos o número de gols marcados e sofridos. Não é o ideal, mas passamos quatro jogos sem sofrer gols. Para você defender mais, tem que abrir mão de algumas peças ofensivas. Eu vejo como um time que evoluiu bastante e que tem potencial para evoluir”, completou o ex-goleiro.

A Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro são as duas únicas competiçõe­s que restam para a equipe tricolor até o final do ano. Se eliminar o time argentino, só jogará pela segunda fase do torneio no dia 28 de junho.

Com isso, poderá se dedicar exclusivam­ente ao Campeonato Brasileiro.

O primeiro jogo será contra o Cruzeiro, dia 14 de maio, fora de casa. O São Paulo não conquista um título do Nacional desde 2008.

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Eduardo Anizelli/Folhapress O técnico do São Paulo, Rogério Ceni, durante a segunda partida da semifinal do Paulista

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