Folha de S.Paulo

RUIM HOJE, MELHOR AMANHÃ

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A percepção das empresas de construção sobre o desempenho do próprio negócio caiu 3,7% em fevereiro, na comparação com novembro de 2016, segundo o Sinduscon-SP (sindicato do setor).

“As obras chegaram ao fim e não estão sendo repostas. A curto prazo, a piora deverá continuar”, afirma o presidente José Romeu Ferraz Neto.

Apesar do cenário ruim, o pessimismo em relação ao futuro diminuiu. As projeções das companhias e a avaliação da política econômica subiram 1,8% e 3,6%.

A queda nos juros e a expectativ­a em torno das reformas explicam o ganho de otimismo, segundo Ferraz Neto.

Nos três primeiros meses deste ano, a inadimplên­cia das empresas melhorou 0,3%, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo o Boa Vista SCPC.

Como no fim do ano passado o índice havia caído 2,2%, trata-se da primeira queda consecutiv­a desde 2013.

Essa é uma consequênc­ia de uma restrição ao crédito, por parte dos bancos, e de uma demanda menor, por parte dos tomadores de empréstimo­s, diz Flávio Calife, economista da instituiçã­o.

“O fato de a inadimplên­cia das empresas cair 0,3% é uma boa notícia se compararmo­s com o que acontecia há um ano, quando crescia a 10%.”

A crise afetou mais as pessoas jurídicas que físicas, segundo Calife. Em 2012, a inadimplên­cia do consumidor era quase o dobro da empresaria­l, e hoje são quase iguais.

No acumulado de 12 meses, os dados ainda são negativos.

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Isadora Brant - 14.out.2011/Folhapress Jomar Cardoso, presidente da associação de empresas de elevadores

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