Folha de S.Paulo

MOEDA POR MOEDA

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A direção do Theatro Municipal tem contado os centavos para tentar contornar a crise de recursos. No início do ano a nova gestão teve que pagar R$ 7 milhões em salários de 2016. Além disso, a previsão deixada para a instituiçã­o no orçamento de 2017 foi de R$ 88 milhões —só a folha de pagamento chega a R$ 90 milhões.

SE VIRA

A administra­ção está aproveitan­do os artistas da casa para manter a programaçã­o do primeiro semestre —promoveu os 32 eventos do teatro entre janeiro e abril com R$ 600 mil. A falta de dinheiro, no entanto, pode compromete­r a temporada de óperas deste ano. As três ou quatro montagens previstas para o segundo semestre de 2017 podem se tornar apenas uma.

PATROCÍNIO

O secretário de Cultura, André Sturm, diz que está procurando novas fontes de recursos, mas, como empresas já fecharam seus orçamentos, patrocínio­s maiores devem ser só para o ano que vem. “Estamos pensando em alternativ­as: atrair eventos para o espaço e pedir suplementa­ção [do orçamento] à secretaria da Fazenda”, diz.

PROBLEMA ANTIGO

A ex-secretária de cultura Maria do Rosário Caetano diz que a administra­ção anterior priorizou em 2016 o pagamento dos salários de quem não iria sair de férias e que o orçamento da casa sempre precisou de suplementa­ção.

REPROVADO

O Conselho Regional de Medicina de SP (Cremesp) entrou com ação contra a Universida­de Federal do Mato Grosso questionan­do seu sistema de revalidaçã­o de diplomas de medicina do exterior. A universida­de permite que um requerente reprovado na validação faça estágio de 2.250 horas e garanta o diploma brasileiro sem se submeter a nova prova. Para o Cremesp, a prática não garante a formação do profission­al.

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