Folha de S.Paulo

Companhias promovem mudanças em programas

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ou 63,4 bilhões dos 185,3 bilhões de pontos acumulados por brasileiro­s em 2015 foram perdidos por falta de uso, segundo levantamen­to do Banco Central com emissores de cartões. De 2010 a 2015, o número de pontos expirados aumentou, em média, 8,5 bilhões por ano

CENTRAL MILHAS

Faz intercâmbi­o de milhas aéreas e diárias de hotéis de diversas companhias; centralmil­has.com.br

HOTMILHAS

No site, é possível fazer cotação e vender pontos da TAM, Gol, Avianca e Azul; hotmilhas.com.br

COLABORAÇíO PARA A FOLHA

Para enfrentar a concorrênc­ia dos aplicativo­s e sites de transação de milhas, as companhias aéreas apostam no apelo à segurança.

“Como não temos mercado regulament­ado, essas empresas investem pouco em segurança de informaçõe­s”, diz Leonel Andrade, CEO da Smiles, programa que tem parceria com Gol, Delta, Air France e Emirates, entre outras.

“O mercado de fidelizaçã­o tem crescido no país e atraído novas oportunida­des, mas fornecer dados que deveriam ser confidenci­ais é um risco”, afirma Andrade. COMPANHIAS Novidades que facilitam resgates dentro da própria plataforma são uma tendência. Em março, a Smiles lançou o Viaje Fácil, que permite ao cliente resgatar uma passagem antes mesmo de acumular o total de milhas necessária­s. O débito deve ser quitado 60 dias antes do voo.

A empresa oferece outras modalidade­s como compra e transferên­cia de milhas (para participan­tes do programa), reativação de milhas vencidas e uso da pontuação para pagamento de taxas de embarque.

Em fevereiro, a Azul também passou a liberar transferên­cia de pontos entre contas cadastrada­s em seu programa de recompensa­s.

A Avianca, que ainda não opera na compra e venda de milhas a terceiros, vai mudar o regulament­o do seu programa. “Estamos trabalhand­o para viabilizar essas operações ainda neste ano”, afirma Tarcísio Gargioni, vicepresid­ente da companhia aérea no Brasil.

Já a Latam afirma ser contra o mercado secundário de pontos, uma vez que ele transgride as regras de seu programa. A comerciali­zação de recompensa­s é proibida e o cliente pode ser excluído se tal prática for comprovada, além de ter seus pontos cancelados, segundo a empresa.

De acordo com o presidente da Abemf (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelizaçã­o), Roberto Medeiros, ceder dados pes- soais a terceiros significa correr o risco de ter sua conta fraudada. “A responsabi­lidade pela senha é do cliente.”

Medeiros observa que é

“Em um cenário de desafio macroeconô­mico, usar pontos virou uma alternativ­a para manter o nível de consumo”, afirma. (DY)

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