Folha de S.Paulo

Macron inicia com tropeços campanha ao segundo turno

Só 43% aprovam desempenho do centrista; para Le Pen, índice é de 50%

- DIOGO BERCITO

Vaia durante visita a fábrica e festa em restaurant­e de alto padrão tiveram repercussã­o negativa

improvável, pois precisaria de reforma na Constituiç­ão.

Nesse sentido, Macron tem a postura inversa. Ele discursa em frente à bandeira da UE e quer mais cooperação.

Florian Philippot, um dos líderes da Frente Nacional, partido de Le Pen, comentou o tema em uma entrevista à rádio francesa. Sobre a eliminação de postos de trabalho, ele disse que “Macron não oferece nenhuma esperança”. A França tem cerca de 10% de desemprego.

“Alguns afirmam que o Estado não pode fazer tudo, mas o que eles querem dizer é que o Estado não pode fazer absolutame­nte nada.”

Os dois candidatos continuara­m a disputar o voto popular na quinta-feira, após o episódio da fábrica. Le Pen visitou pescadores e Macron esteve em um subúrbio de Paris, onde jogou futebol. SATISFAÇÃO publicou, com a ilustração Emmanuel Macron na França e o Brexit mostram que “Paris venceu e Londres perdeu”. E que agora “a maior vitória seria tomar o lugar de centro financeiro da Europa”.

Na França, “Le Monde” e “Le Figaro” cobriram com manchetes uma entrevista de

Ilusões A chanceler alemã, Angela Merkel, falou duramente sobre as negociaçõe­s para o Brexit, no título do “Frankfurte­r Allgemeine”: “Os britânicos não devem ter quaisquer ilusões”. Na Bloomberg, “em campanha”, a primeira-ministra britânica, Theresa May, usou o aviso dos “europeus” para pedir mais voto. ele fala, humildemen­te: “Não me considero favorito”.

Faltando dez dias para o segundo turno, pesquisa Harris mostrou Macron com 61% e Marine Le Pen com 39%. Em quatro dias, ele perdeu e ela ganhou três pontos.

‘False news’ Em relatório, o Facebook volta a citar medidas contra notícias falsas, como a derrubada de 30 mil páginas na campanha francesa. Mas ainda divide a culpa, agora acusando “governos”, sem citar a Rússia, pelas ações de manipulaçã­o. De responsabi­lidade do Facebook, só o combate à “falsa amplificaç­ão”.

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