Adesão a greve leva apreensão ao Planalto
Avaliação é que movimento terá bloqueios e não será restrito à esquerda, mas que deve se concentrar em grandes centros
Monitoramento do governo nas redes sociais detecta aumento nas adesões nos últimos dois dias
pressão sobre a base aliada contra a reforma previdenciária, criando o risco de traições entre parlamentares governistas na votação da proposta.
O cenário desfavorável chegou a ser apresentado ao presidente, que, segundo relato de um aliado, respondeu que “greve não é bom, mas é o que temos de passar”.
Para evitar dar maior repercussão à paralisação, a ordem do presidente é para que a equipe ministerial adote agenda administrativa para demonstrar aspecto de normalidade, evite comentar publicamente as manifestações e defenda o direito à liberdade de expressão.
Ainda assim, o peemedebista irá cortar o ponto de servidores que faltarem ao trabalho para participar dos protestos.
A avaliação no Palácio do Planalto é que é melhor “esperar o calor da greve passar” antes de seguir o cronograma das mudanças na aposentadoria, ou seja, adiar em algumas semanas a votação da proposta.
O presidente avaliava viajar no dia da manifestação, mas decidiu permanecer em Brasília, onde acompanhará as mobilizações com ministros da área política.