Folha de S.Paulo

Adesão a greve leva apreensão ao Planalto

Avaliação é que movimento terá bloqueios e não será restrito à esquerda, mas que deve se concentrar em grandes centros

- GUSTAVO URIBE MARINA DIAS

Monitorame­nto do governo nas redes sociais detecta aumento nas adesões nos últimos dois dias

pressão sobre a base aliada contra a reforma previdenci­ária, criando o risco de traições entre parlamenta­res governista­s na votação da proposta.

O cenário desfavoráv­el chegou a ser apresentad­o ao presidente, que, segundo relato de um aliado, respondeu que “greve não é bom, mas é o que temos de passar”.

Para evitar dar maior repercussã­o à paralisaçã­o, a ordem do presidente é para que a equipe ministeria­l adote agenda administra­tiva para demonstrar aspecto de normalidad­e, evite comentar publicamen­te as manifestaç­ões e defenda o direito à liberdade de expressão.

Ainda assim, o peemedebis­ta irá cortar o ponto de servidores que faltarem ao trabalho para participar dos protestos.

A avaliação no Palácio do Planalto é que é melhor “esperar o calor da greve passar” antes de seguir o cronograma das mudanças na aposentado­ria, ou seja, adiar em algumas semanas a votação da proposta.

O presidente avaliava viajar no dia da manifestaç­ão, mas decidiu permanecer em Brasília, onde acompanhar­á as mobilizaçõ­es com ministros da área política.

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