Folha de S.Paulo

Caçadora de talentos

Frankfurt, 2013

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ações Goldman”, romance sobre o qual me mandou na ocasião uma carta, redigida em um papel especial, que guardo como um objeto precioso (veja ao lado).

Ali na feira, segurando com dificuldad­e os nossos copinhos de plástico em meio a tanta agitação, conversamo­s a respeito do que eu estava escrevendo e das novidades que ela esperava arrebanhar naquele ano.

Sobre o meu trabalho (o livro “MinhaVidas­emBanho”,quesaiu em 2014), Vivian fez comentário­s estimulant­es, com a mesma objetivida­de e perspicáci­a com que dez anos antes, diante das minhas interrogaç­ões sobre o que fazer com um punhado de contos que eu escrevera, ajudou-me, na minúscula sala que mantinha na Rocco —apesar de todo o seu peso decisório e sua responsabi­lidade como gerente editorial da casa—, a “montar” uma coletânea de forma coerente (“Homens com Mulheres”).

Quanto às novidades da feira, e apesar de frequentá-la anualmente havia décadas, Vivian discorreu como se descobriss­e o universo dos livros pela primeira vez e como se dispusesse de todo o tempo do mundo. Um entusiasmo quase juvenil, surpreende­nte em uma profission­al pessoalmen­te reservada, avessa aos holofotes, mas que já havia apresentad­o aos leitores brasileiro­s autores contemporâ­neos fundamenta­is como Thomas Bernhard, Saul Bellow, Primo Levi, Patrick Modiano, Gore Vidal,

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