Rio atribui ataques a represália do tráfico
Vias importantes tiveram saques, além de 9 coletivos e 2 caminhões queimados, após polícia frustrar invasão em favela
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“Houve uma ação do crime organizado em que eles se falaram, pode ser pessoalmente, por WhatsApp e diversos outros meios, e se deslocaram cada um de uma favela para fazer uma ação como esta”, disse Roberto Sá, secretário de segurança da gestão Pezão.
Segundo Sá, a polícia já identificou alguns mandantes. Os incêndios teriam sido orquestrados para desmobilizar a polícia na operação e permitir a fuga de traficantes.
Os confrontos entre grupos de traficantes acontecem desde a noite de segunda (1°). A favela Cidade Alta é considerada estratégica pela proximidade com as principais vias de acesso ao Rio.
Sá admitiu que as autoridades sabiam que os traficantes planejavam retomar controle da favela, mas disse que as informações não eram suficientes para uma ação preventiva. Para ele, a polícia evitou um “banho de sangue”.
Além dos incêndios a coletivos, foram registrados saques de caminhões nos acessos da av. Brasil. Segundo Sá, a movimentação é incentivada por traficantes para desviar a atenção. Ele elogiou a ação policial ressaltando que, devido à crise financeira do Estado, os agentes não receberam 13º salário nem bônus por meta, por exemplo.