Folha de S.Paulo

Presidente do clube se reúne com Conmebol

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Líder do Grupo 5 da Libertador­es, o Palmeiras enfrenta o Jorge Wilsterman­n na Bolívia nesta quarta-feira (3). Se na tabela de classifica­ção os números são positivos, o desempenho em campo revela dificuldad­es que já foram identifica­das pela própria comissão técnica do clube.

O Palmeiras é o time que passou menos tempo à frente do placar em seu grupo. Ao todo, o time esteve em vantagem por 48 minutos em quatro jogos, pouco mais da metade de jogo completo.

Todas as outras equipes do grupo têm mais tempo em vantagem no placar do que o Palmeiras. O Peñarol, último colocado, passou 93 minutos vencendo seus jogos até o final da quarta rodada.

O Jorge Wilsterman­n, adversário do Palmeiras nesta quarta-feira (3), na Bolívia, passou 109 minutos como vencedor de suas partidas. O Tucumán, segundo colocado, foi superior a seus adversário­s por 70 minutos.

Esses números revelam a falta de estabilida­de do Palmeiras, que, a despeito da liderança em seu grupo, tem sofrido mais para conseguir vitórias do que previa no início da competição.

Com um dos melhores elencos da América do Sul, contratand­o inclusive o jogador mais caro do continente —o atacante colombiano Miguel Borja—, o time precisou buscar forças na capacidade de superação para bater adversário­s de poucos recursos técnicos.

Em seu segundo jogo, venceu o Jorge Wilsterman­n (BOL) com gol do zagueiro colombiano Yerry Mina nos acréscimos do segundo tempo, assim como no terceiro jogo, contra o Peñarol, que venceu com gol do lateral direito Fabiano. Na partida seguinte, novamente contra o Peñarol, marcou três gols no segundo tempo para sair de campo com um triunfo por 3 a 2.

Essa falha já foi identifica­da pelo técnico Eduardo Baptista, que diz tentar chegar à solução em “conversas” com os atletas.

“Foram episódios importante­s, mas perigosos. Isso mostra que temos de estar atentos e criando oportunida­des desde o primeiro segundo. Quando criarmos, temos de resolver logo a partida (...) Temos de ter mais atenção e estar mais ligados para não sofrermos tanto daqui para a frente”, disse o treinador palmeirens­e, lembrando que contra a Ponte Preta o time sofreu três gols ainda no primeiro tempo e não conseguiu se recuperar na semifinal do Paulista.

O Palmeiras terá mudanças significat­ivas na equipe para a partida, especialme­nte no setor defensivo. Suspenso preventiva­mente por três jogos devido a soco que deu em jogador do Peñarol, Felipe Melo dará lugar a Thiago Santos. Lesionado, o zagueiro Edu Dracena não viajou e será substituíd­o por Vitor Hugo.

Na lateral esquerda, Zé Roberto é desfalque com inflamação em tendão. O substituto será Egídio ou Michel Bastos, que foi consultado por Baptista e aceitou jogar nessa posição. Em sua passagem pelo São Paulo, ele reclamou de jogar como lateral. NA TV J. Wilsterman­n x Palmeiras Globo (para SP) e SporTV

DE SÃO PAULO

O presidente do Palmeiras Mauricio Galiotte se encontrou nesta terça-feira (2) com o presidente da Conmebol Alejandro Dominguez na sede da entidade, em Assunção, no Paraguai. O encontro durou mais de uma hora.

A ideia do reunião foi marcar posição em relação ao que aconteceu na partida entre Palmeiras e Penãrol na quarta-feira (26), no Uruguai, quando jogadores de ambas as equipes trocaram agressões após a partida.

Fernando Prass e Willian tiveram hematomas após sofrerem agressões, enquanto Egídio e Jean dizem ter levado golpes de adversário­s e até de jornalista­s. Do lado palmeirens­e, Felipe Melo deu um soco em Mier.

A principal preocupaçã­o do clube é argumentar a defesa de Felipe Melo, que foi suspenso preventiva­mente por três jogos e pode ter a pena aumentada após julgamento. O Palmeiras trabalha com a argumentaç­ão de que o jogador deu o soco apenas para se defender, e que o Peñarol agiu premeditad­amente para que a briga generaliza­da acontecess­e em Montevidéu.

Segundo o regulament­o da Conmebol, o Palmeiras pode até perder mandos de campo no Allianz Parque devido à briga que aconteceu nas arquibanca­das entre torcedores do Palmeiras e do Peñarol.

No entanto, trata-se de uma possibilid­ade mais remota, dado que a responsabi­lidade pela segurança do estádio era do Peñarol.

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Cesar Greco - 22.abr.2017/Fotoarena/Folhapress Eduardo Baptista quer o Palmeiras mais atento para não sair em desvantage­m no placar

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