Folha de S.Paulo

Governo fará mutirão para demarcar terras

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nescentes de quilombos e dos assentados da reforma agrária, não se encontrari­a tanta miséria entre esses pobres”, diz o relatório do tucano.

“Para esconder o desvio de recursos públicos e a gestão em benefício próprio de milhões de dólares que ingressam de entidades e governos estrangeir­os, muitos dos que dizem proteger o indígena, na prática, prejudicam e impedem o alcance da efetiva dignidade pelas próprias comunidade­s indígenas.”

Houve pedido de vista do relatório, que deve ser votado na próxima semana.

Um dos supostos falsos índios é um cacique da terra indígena Tupinambá de Olivença (BA).

Argumenta-se, entre outros pontos, que ele tem caracterís­ticas físicas de negro e não de índio.

Também aponta o antropólog­o e linguista espanhol Bartolomeu Meliá como “mentor e idealizado­r da criação da grande nação guarani”, com base em terras do Mato Grosso do Sul e do Paraguai, com base no depoimento de uma proprietár­ia rural.

Entre as sugestões está a extinção da Funai (Fundação Nacional do Índio). Há também críticas às principais entidades indigenist­as do Brasil, entre elas o Cimi e o Incra.

DE BRASÍLIA

Sob crítica de que tem dedicado pouco espaço em sua agenda pública para a causa indígena, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, anunciou nesta quarta-feira (3) a intenção de fazer uma espécie de mutirão para agilizar processos parados de demarcação de terras.

Em entrevista no Palácio do Planalto, ele afirmou que o objetivo é identifica­r pedidos que estejam “lentos” ou “dificultad­os” e disse que o Ministério da Justiça irá “imediatame­nte proceder com as demarcaçõe­s”.

“O governo Michel Temer quer, sim, legalizar as demarcaçõe­s e o que iremosfaze­ragoracomr­egime de mutirão é identifica­r os processos que estão muitos lentos e dificultad­os. Nós queremos mostrar à população que iremos respeitar a Constituiç­ão Federal e a Suprema Corte”, afirmou.

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