Folha de S.Paulo

Tucano desiste de jardins como compensaçã­o

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DE SÃO PAULO

A gestão do prefeito João Doria (PSDB) desistiu de fazer jardins verticais por meio de compensaçõ­es ambientais, segundo o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Gilberto Natalini.

O auxiliar de Doria concorda com a tese dos especialis­tas de que a parede verde não pode substituir árvores. Por isso, diz, não serão feitos novos acordos de compensaçã­o ambiental que substituam árvores pelos jardins verticais.

“Poderemos ter novos projetos de paredes verdes, mas não a partir de compensaçã­o ambiental”, diz Natalini. “Como o atual acordo veio da gestão anterior, resolvemos conclui-lo, para não termos prejuízo.”

Fernando Haddad (PT), por nota, reafirmou que sua gestão cumpriu todos os compromiss­os de replantio de árvores e também inovou com as paredes e as empenas verdes.

Natalini sempre foi um entusiasta do plantio de árvores na cidade. Entre outros motivos, porque elas ajudam na mitigação das mudanças climáticas. As árvores, principalm­ente os grandes exemplares típicos da mata atlântica, absorvem carbono da atmosfera, ainda mais quando estão em fase de cresciment­o.

Como o dióxido de carbono é um dos gases que aumentam o aqueciment­o global, retirá-lo da atmosfera é um remédio eficaz.

No plano de metas de Doria existe o compromiss­o de plantar 200 mil árvores até o fim do mandato. O tucano promete direcionar o plantio de novas mudas em distritos que têm pouco verde, como alguns da zona leste, onde o cresciment­o populacion­al tem sido forte nas últimas décadas.

No corredor da av. 23 de maio, as paredes receberão cerca de 30 espécies de plantas e folhagens, como manjericão, coração magoado, alecrim, brilhantin­a e orégano. (EG)

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