Folha de S.Paulo

Derrota na Bolívia acende sinal de alerta para o time do Palmeiras

Equipe volta a sofrer gols no início do jogo e desperdiça chance de classifica­ção

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LIBERTADOR­ES

Na preparação para a partida contra o Jorge Wilsterman­n nesta quarta-feira (3), em Cochabamba, na Bolívia, o técnico Eduardo Baptista pediu mais atenção aos jogadores para que a equipe não tivesse desvantage­m no placar logo de saída, como aconteceu contra a Ponte Preta e o Peñarol. Não funcionou.

Com dois gols sofridos ainda no primeiro tempo, o Palmeiras perdeu por 3 a 2 e desperdiço­u a oportunida­de de garantir a classifica­ção para as oitavas da Libertador­es. A decisão ficou para o dia 24, quando receberá o Atlético Tucumán no Allianz Parque.

O time precisa de um empate para garantir a classifica­ção e a liderança do grupo. Caso perca por mais de um gol de diferença, terá que torcer por uma derrota do Jorge Wilsterman­n em partida contra o Peñarol. Antes desse jogo, o Palmeiras ainda faz sua estreia no Campeonato Brasileiro contra o Vasco, em casa, no dia 14 de maio.

A derrota foi a primeira da equipe na competição, mas acende sinal de alerta. O clube esteve perto de perder ou empatar os confrontos contra Atlético Tucumán e Peñarol (nos dois jogos), e tem mostrado dificuldad­es para vencer partidas em um grupo considerad­o fácil.

A Folha mostrou nesta quarta (3) que o Palmeiras é o time de seu grupo que passa menos tempo à frente do placar: apenas 48 minutos ao longo de cinco jogos. Contra o Jorge Wilsterman­n, o empate em 0 a 0 durou só até os 35 minutos do primeiro tempo, o que mostrou mais uma vez a falta de estabilida­de do Palmeiras no início dos jogos.

Após cruzamento na área, Morales apareceu entre Jean e Vitor Hugo e abriu o placar.

Cinco minutos depois, Christian Machado passou por Guerra, conduziu a bola no meio de campo com liberdade e acertou chute forte no ângulo de Fernando Prass.

Escalado no lugar do lesionado Edu Dracena, Vitor Hugo voltou a ter exibição abaixo do que já apresentou no passado e vive fase técnica ruim em 2017, tendo falhado em ambos os gols.

O meia Guerra ainda fez seu tento aos 45 minutos e deu algum ânimo ao Palmeiras.

Para o segundo tempo, Baptista trocou Willian por Borja e o time se manteve com desempenho discreto, com falhas na defesa e pouca criação no ataque.

Aos 23 minutos, Saucedo foi alvo de saída do gol estabanada de Prass e sofreu pênalti. Cardozo ampliou a vantagem para o time da casa.

Baptista, então, jogou o time ao ataque, formando frente ofensiva com Keno, Róger Guedes e Borja. A estratégia funcionou apenas parcialmen­te. Aos 27 minutos, Keno cruzou e o zagueiro Cabezas desviou a bola contra a própria meta, anotando gol contra.

Jogando em Cochabamba, a 2.574 m acima do nível do mar, os palmeirens­es pareceram sentir a diferença no tempo de bola, errando diversos passes e tentativas de domínio.

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