Folha de S.Paulo

O time do técnico Dorival Júnior possui retrospect­os respeitáve­is no Pacaembu.

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FOLHA,

A volta do Santos ao Pacaembu, 23 dias após sofrer o baque da eliminação para a Ponte Preta no Paulista, desperta discussões no clube que vão além das pretensões da equipe dentro de campo. Nesta quinta-feira (4), contra o Santa Fe (COL), às 21h45, o time tenta dar um passo decisivo para a classifica­ção às oitavas da Libertador­es.

A escolha do estádio para mandar os jogos divide o Santos entre duas alas: a dos que acreditam que “o Santos é de Santos” e deve jogar na Vila Belmiro, contra a que pede para o clube atuar mais vezes na capital paulista.

“Um circo precisa estar onde está o seu público. Não precisa jogar todos os jogos no Pacaembu, mas defendo uma divisão justa, 50% a 50%, com o intuito de obter boas receitas e satisfazer a torcida”, explica José Carlos Peres, segundo candidato mais votado na eleição de 2014 a presidente do clube.

Ele é o principal rival político do atual presidente, Modesto Roma Júnior, e ocupava cargo de gerente de marketing internacio­nal, mas foi demitido recentemen­te.

“Precisamos de um equilíbrio. Temos torcida em muitos lugares e gostamos de muitos palcos, mas o Santos depende de autorizaçõ­es da Polícia Militar e da detentora dos direitos [de transmissã­o], isso precisa ser considerad­o”, pondera Roma Júnior.

O clube já anunciou publicamen­te que tem a intenção de mandar mais jogos no Pacaembu no segundo semestre. Para o rival de Modesto, a medida tem caráter eleitoreir­o, já que em dezembro serão realizadas novas eleições para a presidênci­a do Santos. No ano passado, o time disputou sete jogos no Pacaembu, seis como mandante.

“Jogar no Pacaembu agora é uma medida eleitoral. Concordo com o Modesto, precisa jogar mesmo, mas agora é eleitoral”, diz Peres.

O atual presidente afirma que nenhuma escolha de mando tem base política e que as definições são tratadas como “assuntos de administra­ção do futebol”.

Entre os cinco candidatos em 2014, Modesto foi o menos votado pelos sócios da capital. Recentemen­te, ele autorizou a realização de festa em São Paulo pelo aniversári­o de 105 anos do clube. BOM RETROSPECT­O

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