Folha de S.Paulo

LONGO PRAZO

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A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de soltar presos como José Dirceu e Eike Batista dificilmen­te alterará a disposição de Antonio Palocci de fazer delação premiada. Criminalis­tas próximos a ele dizem que o ex-ministro deve seguir nas negociaçõe­s com a Lava Jato.

MEMÓRIA

O caso de Palocci lembraria o de Ricardo Pessôa, da empreiteir­a UTC, que foi solto pelo STF e, mesmo em liberdade, fechou delação. E do casal de marqueteir­os do PT, Mônica Moura e João Santana, que foram libertados pelo juiz Sergio Moro e ainda assim assinaram acordo de colaboraçã­o.

SABOR

A delação teria como principal atrativo não a liberdade imediata, considerad­a alívio passageiro, e sim a redução drástica de pena para pessoas que, como Palocci, sabem que a probabilid­ade maior é a de que sejam condenadas a muitos anos de cadeia no fim do processo.

EM MÃOS

E o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, está entregando em mãos aos ministros da 2ª Turma do STF, que libertou Dirceu, o pedido de habeas corpus para libertação do ex-ministro que ele fez no dia 26 de abril e que está estacionad­o no gabinete de Edson Fachin, relator da Lava Jato.

ANTES DO FIM

Palocci teria até uma vantagem em relação a Dirceu para ter o pedido atendido: ao contrário do colega, condenado duas vezes por Moro a 31 anos de prisão, o ex-ministro da Fazenda ainda não foi sentenciad­o.

TIRO CERTO

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras ligado ao PT, deve mirar em Lula no depoimento que dará a Moro na sexta (5).

EM CASA

A audiência da TV (aberta e fechada) cresceu 13% durante a greve de sexta (28), segundo a GfK, que concorre com o Ibope. Durante a manhã, o número foi 26% maior que a média registrada no mesmo dia em outras semanas.

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