Folha de S.Paulo

Após dois anos em queda, produção de eletrônico­s sobe 4,3% no 1° tri

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A indústria de eletroelet­rônicos ampliou em 4,3% sua produção no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016, segundo a Abinee, que reúne fabricante­s.

O setor não registrava uma alta trimestral desde 2014. O aumento é um “início de retomada”, mas a base de comparação ainda é baixa, afirma o presidente da associação, Humberto Barbato.

Em 2015, a indústria reduziu sua produção em 21% e, no ano passado, em mais 11%.

O cresciment­o neste ano foi impulsiona­do pelo segmento de eletrônico­s —o de elétricos, que sofreu menos durante a crise econômica, se mantém abaixo do nível de um ano atrás.

“A demanda do setor elétrico depende de leilões de infraestru­tura. As vendas de 2016 vieram de obras contratada­s antes da crise se agravar, mas 2017 não deverá ser um ano de grandes investimen­tos para as fabricante­s.”

Os leilões de transmissã­o realizados no fim de 2016 e em abril deste ano deverão ter impacto dentro de cerca de 12 meses, avalia Rafael Paniagua, presidente da ABB, de automação e energia.

A empresa, que acaba de finalizar uma fábrica de disjuntore­s em Guarulhos, não prevê novos aportes neste ano.

“Os investimen­tos dependerão do leilão de energia renovável, prometido para o segundo semestre. Também vamos aguardar o marco regulatóri­o para veículos elétricos para iniciar a construção da planta de carregador­es”, diz.

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Rafael Paniagua, presidente da ABB Brasil, empresa de automação industrial e energia

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