Folha de S.Paulo

Mercado de escritório­s se recupera devagar

Consultori­a prevê que preços de imóveis corporativ­os poderão levar três anos para voltar a nível anterior à recessão

- Prédio de escritório­s na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, uma das regiões mais desenvolvi­das da cidade

Proprietár­ios reveem contratos e aceitam valores menores para não perder inquilino e manter imóvel ocupado

O mercado brasileiro de escritório­s corporativ­os já passou pelo pior momento, mas pode levar até três anos, dependendo da região, para se recuperar da severa recessão iniciada em 2014. Os investidor­es ainda estão cautelosos em lançar novos projetos, apesar da perspectiv­a de juros menores e dos primeiros sinais de confiança em alta.

Na cidade de São Paulo, cujo estoque corporativ­o de 5,1 milhões de metros quadrados correspond­e a 50% do total nacional, a recuperaçã­o dos preços deve ocorrer primeiro em zonas empresaria­is centraliza­das e desenvolvi­das.

Isso inclui a avenida Brigadeiro Faria Lima e bairros como Itaim, Jardim Paulistano, Jardins, Paulista, Pinheiros e Vila Olímpia, conforme estudo da consultori­a imobiliári­a Engebanc Real Estate. A companhia gerencia e supervisio­na projetos, além de fazer avaliações de propriedad­es, tendo entre os clientes empresas como Petrobras, grandes bancos e redes de varejo.

Isso deve incentivar a migração de inquilinos para eixos em desenvolvi­mento, incluindo a avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, Chácara Santo Antônio, Morumbi, Roque Petroni e Santo Amaro, cujos preços são mais acessíveis. “Essa expansão vai demandar mais investimen­tos em infraestru­tura”, na Bolsa de Valores de São Paulo depois de sete anos. Em 2010, a Gafisa adquiriu o controle da Tenda, que é direcionad­a para a baixa renda, e decidiu fechar o capital da empresa. As ações da companhia, que chegaram a subir 93%, encerraram o dia cotadas a R$ 14,6.

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Raquel Cunha - 13.abr.2016/Folhapress

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