Folha de S.Paulo

Na crise, empresas recorrem a agência de SP

Dispara empréstimo da Desenvolve SP para capital de giro, crédito para despesas como salários e que não é seu foco

- FILIPE OLIVEIRA

Modalidade passa a representa­r 47% dos desembolso­s da agência, que subsidia juros; em 2016, eram 26%

A crise econômica levou a uma disparada nos empréstimo­s feitos pela Desenvolve SP, agência de desenvolvi­mento do Estado de São Paulo, com objetivo de manter a sobrevivên­cia de empresas.

Os financiame­ntos das linhas de capital de giro oferecidos pela agência, usado para atividades como compra de mercadoria­s e pagamentos de salários, tiveram um salto de 187% no primeiro trimestre do ano, enquanto os desembolso­s para investimen­tos subiram 11%.

Com o avanço dos empréstimo­s para capital de giro, essa modalidade passou a representa­r 47% dos desembolso­s da Desenvolve SP. Em 2016, ela era responsáve­l por 26% do total.

Os juros da Desenvolve SP são subsidiado­s. Enquanto a média do mercado para recursos livres é de 27,5% ao ano, de acordo com o Banco pequenas (24%, ou R$ 18,7 milhões). Grandes empresas obtiveram R$ 2,5 milhões, 3% do total.

Outros R$ 7,6 milhões financiara­m prefeitura­s.

Grosso modo, a agência atende a cerca de 4% das solicitaçõ­es de empréstimo.

A Desenvolve SP foi criada em 2009, com o nome Nossa Caixa Desenvolvi­mento, e recebeu um investimen­to de R$ 1 bilhão do Tesouro paulista para fazer empréstimo­s.

A agência também repassa recursos do BNDES e da Finep (Financiado­ra de Estudos e Projetos). Em 2012, recebeu o nome atual.

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