Radialista ou comediante, não seguia roteiros
FOLHA
A veia humorística foi o que levou Jauri Gomes Ziehut para as ondas do rádio. A ideia nem partiu dele, mas parecia ter tanto jeito que foi convencido por um colega a tentar uma vaga na Rádio T, ainda no final dos anos 1980.
Nascido em Santa Maria do Oeste, interior do Paraná, ele se mudou aos 15 anos para a também paranaense Guarapuava. Trabalhou como vendedor, empacotador e bancário antes de começar no rádio, onde ficou por 28 anos.
Apresentou programas sobre política, bingo, música sertaneja. Até narração de lutas ele chegou a fazer, sempre com um jeito próprio. Entre suas marcas estava o microfone sempre aberto enquanto escolhia as músicas nos intervalos comerciais e o esquecimento —de roupas, bonés e até do repertório.
“Ele tinha um estilo próprio, não se prendia ao roteiro”, conta o amigo Anderson Magatão, com quem fazia shows stand-up comedy pelo país desde o ano de 2014.
Jauri arriscou ainda como cantor e compositor, lançando quatro CDs. Entre suas músicas, uma em homenagem a mulher e a outra aos filhos.
Quando não estava trabalhando, gostava de viajar, jogar golfe, colecionar DVDs de blues e degustar vinhos. Também era descrito como romântico pela mulher Mônica, com quem ficou casado por 17 anos. “Ele levava café da manhã na cama e adorava fazer surpresas”, conta ela.
Não parou nem depois de descobrir um câncer no intestino há três anos. Tinha shows marcados até julho, mas morreu no último dia 13, aos 47. Deixa a mulher, três filhos, a mãe e quatro irmãos. coluna.obituario@grupofolha.com.br
VOCÊ DEVE PROCURAR O SERVIÇO FUNERÁRIO MUNICIPAL DE SP: tel. (11) 3396-3800 e central 156 site: www.prefeitura.sp.gov. br/servicofunerario
Serão solicitados os seguintes documentos do falecido: Cédula de identidade (RG); Certidão de Nascimento (em caso de menores); Certidão de Casamento.
AVISO GRATUITO NA SEÇÃO site: folha.com/mortes
Até as 15h, ou até as 19h de sexta para publicações aos domingos. Enviar número de telefone para checagem das informações.