Governo federal libera R$ 15,5 mi para estádio
Principal nome da natação brasileira, Cesar Cielo, 30, ficou em terceiro (48s92) na final dos 100 m livre do Troféu Maria Lenk, prova na qual é recordista mundial (46s91).
Desta vez, porém, o exigente velocista não se enfureceu por obter apenas o bronze.
Sobretudo porque viu, duas raias ao lado, Gabriel Santos, 21, triunfar com a marca de 48s11, a terceira melhor do mundo nesta temporada –o segundo colocado foi Marcelo Chierighini (48s76).
O jovem e o veterano dividem a piscina nos treinos do Pinheiros, em São Paulo, desde fevereiro, e a parceria rendeu os primeiros frutos.
“Estou vivendo um sonho. Eu tenho de agradecer ao Cesar. Desde que ele veio para o clube, me deu vários toques na parte técnica, como virada e chegada”, disse Santos.
“Melhorei muito graças à ajuda dele para obter um resultado deste”, completou.
O novato não é exatamente uma surpresa. No ano passado, assegurou a quinta vaga para o revezamento 4 x 100 m livre nacional para os Jogos Olímpicos do Rio.
Inicialmente escalado para disputar apenas as eliminatórias da prova olímpica, ele foi tão bem que nadou a final. A equipe brasileira terminou na quinta posição.
Aquela participação na Olimpíada ajudou a formar o velocista que agora se inseriu entre os melhores do mundo.
Em 2017, foram mais rápidos do que Santos apenas o britânico Duncan Scott (47s90) e o australiano Cameron McEvoy (47s91). “Não tinha uma forma melhor de comemorar meu aniversário. Cada cada melhora me motiva mais. O objetivo é 47s, quase saiu aqui, e vou treinar muito”, disse o velocista, que fez 21 anos na terça (2).
A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) vai anunciar a equipe para o Mundial de Budapeste na próxima quinta (11).
Em princípio, só os oito atletas com melhor índice técnico serão convocados. Mas a confederação deve receber ajuda do COB (Comitê Olímpico do Brasil) para aumentar a delegação. Pela expressividade do tempo obtido, Santos deve ser convocado.
Os 48s11 registrados nesta quinta lhe renderiam a sétima posição na Olimpíada.
“Se eu for para o Mundial, vou treinar demais para buscar uma medalha”, emendou.
Na condição de mentor, Cielo aprovou o desempenho.
“Como eu não nadei o que eu queria, estou feliz pelo Gabriel ter baixado meio segundo de seu tempo”, comentou.
O veterano, que nesta terça voltou a nadar uma prova individual depois de um ano –ficou nove meses parado após não se classificar para a Rio-2016–, estava insatisfeito, mas pouco tem a reclamar.
Os 100 m livre deixaram de ser sua prioridade nos Jogos de 2012, quando Cielo disputou pela última vez a prova no cenário internacional.
Mas há grande chance de que ele e Santos voltem a disputá-la no futuro, mas juntos. Com os tempos dos quatro melhores do país nas seletivas para o Mundial de Budapeste, o Brasil tem o segundo revezamento mais rápido do mundo, atrás somente da Austrália –Santos é o mais veloz e Cielo o quarto, atrás de Chierighini e Bruno Fratus.
A CBDA deve optar por levar a equipe para a Hungria.
Cielo, agora, foca seus esforços para os 50 m borboleta, nesta sexta (5), e para os 50 m livre, neste sábado (6), suas provas prioritárias.
“Nos próximos dois dias é uma ida só, tem que olhar pro lado e bater na borda”, disse.
Indagado sobre o longo período afastado, afirmou que estava “nervoso”. Até janeiro, o campeão olímpico dos 50 m livre em Pequim-2008 não sabia se retornaria. Depois de refletir, fechou acordo para defender o Pinheiros, clube no qual se projetou e onde encontrou Santos, que agora segue seus passos.
“Sinto falta dessa adrenalina pré-prova, desta tensão que a gente sente e o desafio. É bom estar de volta”, disse. NATV Troféu Maria Lenk SporTV 3 DE BRASÍLIA - O governo federal autorizou o Ministério do Esporte a liberar R$ 15,5 milhões para reformas na Arena Condá, o estádio municipal utilizado pela Chapecoense.
Além de melhorias no estádio, também será feito um memorial dedicado à delegação da Chapecoense vítima de acidente aéreo em novembro de 2016 em viagem a Medellín.
“Tivemos do presidente [Michel Temer] a sinalização de liberação de R$ 10 milhões em 2017 e R$ 5,5 milhões em 2018”, disse o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon.