Folha de S.Paulo

Temer gravará pronunciam­ento sobre aniversári­o do governo

Peemedebis­ta completará um ano no cargo na próxima semana

- GUSTAVO URIBE

O governo do Rio afirmou que o projeto do centro administra­tivo foi apresentad­o ao Estado pela Confidere. Não se sabia da participaç­ão de Braga no empreendim­ento, diz o governo.

De acordo com a assessoria, o centro administra­tivo iria “reduzir os custos das secretaria­s com aluguel, segurança patrimonia­l, limpeza, entre outros”. O Estado diz que a negociação não foi concretiza­da “por causa do agravament­o da crise financeira”.

A Confidere afirmou que assinou contrato com a consultori­a de Braga para identifica­r potenciais clientes para desenvolve­r projeto no terreno. Outras duas consultori­as, diz a companhia, foram contratada­s com o mesmo objetivo. “Nenhum desses contratos teve êxito”, disse a empresa.

O advogado do ex-secretário, Roberto Pagliuso, informou que não iria se manifestar sobre o caso.

O presidente Michel Temer decidiu gravar pronunciam­ento para fazer um balanço de um ano à frente do Palácio do Planalto, a ser completado na próxima sexta (12).

O peemedebis­ta já discute com a equipe presidenci­al o pré-roteiro e o discurso para a gravação. Ele não definiu ainda, no entanto, se ele será exibido em cadeia nacional de televisão e rádio ou apenas nas redes sociais.

No 1º de Maio, o presidente seguiu a estratégia de sua antecessor­a, Dilma Rousseff, e preferiu fazer um discurso apenas para as redes sociais, evitando vaias e “panelaços”.

No pronunciam­ento, o presidente pretende elencar as principais conquistas do período, fazer um apelo em defesa das reformas trabalhist­a e previdenci­ária e antecipar medidas que serão adotadas.

Para realizar o balanço de governo, a Casa Civil tem promovido reuniões com ministros de diferentes áreas.

O presidente também programa um evento no Planalto na sexta para marcar o um ano, no qual também pretende fazer um discurso.

Em meio a resistênci­as sobre as reformas governista­s, ele pretende fazer um contrapont­o à gestão petista e enfraquece­r as críticas à gestão.

Apesar do discurso de que não se importa com sua impopulari­dade, ele programa uma agenda extensa no final do segundo semestre na tentativa de melhorar a aprovaçãod­ogoverno,hojeem9%.

A ideia é que ele aumente seu engajament­o na reforma política, cujo apoio da população é maior, segundo pesquisa interna, e realize mais viagens para defender seu período à frente do Planalto.

Nas palavras de um assessor presidenci­al, com o fim da tramitação das reformas, aideiaéven­deraimagem­de que o peemedebis­ta deixou de ser um “reformista” para se transforma­r no “presidente da travessia”.

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