Contra o projeto.
Na manhã desta sexta, Trump ainda celebrava a conquista na Câmara. No fim de março, ele havia recuado e pedido que a liderança republicana desistisse da votação na casa por não ter os 216 votos para passar o texto, apesar do partido ter 237 assentos.
“Grande vitória na Câmara —muito empolgante!”, escreveu. No dia anterior, disse estar confiante de que o Senado aprovará o texto. “Temos vários grupos, mas todos eles se uniram”, afirmou.
Os números, porém, não confirmam isso. De fato, o governo Trump —em especial, seu chefe de gabinete, Reince Priebus— conseguiu convencer pelo menos 15 membros da bancada mais conservadora “Caucus da Liberdade” a mudarem sua posição e votarem a favor do texto.
No entanto, 20 republicanos —mais moderados, em sua maioria— ainda se alinharam com os democratas PREOCUPAÇÕES Não se sabe o quanto o texto do Senado se parecerá com o que foi aprovado com só um voto a mais que o necessário na Câmara. Alguns pontos, porém, certamente serão revistos. Entre eles, está a falta de garantia de plano de saúde para pessoas com doenças preexistentes.
Outro item que preocupa republicanos moderados é a concessão feita por Trump aos deputados do “Caucus da Liberdade” que tira a obrigatoriedade de planos oferecerem “benefícios essenciais”, como atendimentos emergenciais e cuidado pré-natal.
É, porém, o impacto do texto aprovado sobre o Medicaid (programa público para os mais pobres), que mais enfrenta resistência, especialmente entre os republicanos de Estados que expandiram a cobertura do programa nos últimos anos, sob o Obamacare.
O “Trumpcare”, como vem sendo chamada a lei republicana, prevê a redução dos recursos federais para que os Estados ampliem a cobertura pelo Medicaid —e seu corte total a partir de 2020.
“Não podemos puxar o tapete de Estados como Nevada, que expandiu o Medicaid, e precisamos de garantias de que as pessoas com doenças preexistentes estarão protegidas”, disse o senador republicano Dean Heller, que disputará a reeleição para o posto de Nevada em 2018, ao “New York Times”. Os republicanos ocupam 52 dos cem assentos no Senado, e qualquer voto do partido será fundamental na soma final. Pessoas de renda alta > Projeto elimina dois impostos sobre as pessoas com renda superior a US$ 200 mil anuais e permite que pessoas com renda de até US$ 150 mil anuais recebam subsídios do governo Jovens de classe média > Texto muda forma como operadoras de planos de saúde estabelecem preços de seus produtos, resultando em valores mais baixos para clientes jovens Pessoas que desejem não ter planos de saúde > Proposta elimina multa para quem pode pagar por um plano, mas prefere não adquiri-lo Grandes empregadores > Projeto elimina obrigação de empregadores em oferecer planos de saúde de custo acessível para seus trabalhadores