Folha de S.Paulo

Corintiano foi a todos os jogos do time na arena e pode ver 1º título

O campineiro Luis Butti, 35,quer colocar sua paixão pelo clube no Livro dos Recordes

- EDUARDO RODRIGUES

DE SÃO PAULO

Mais de 22 mil quilômetro­s percorrido­s, cerca de R$ 18 mil gastos e o desejo de colocar sua paixão pelo Corinthian­s no Livro dos Recordes.

Foi desta maneira que Luis Butti, 35, assistiu aos 99 jogos do clube alvinegro na arena, construída em 2014, e está prestes a presenciar o primeiro título em mata-mata da casa corintiana, justamente na centésima partida.

Mesmo morando em Campinas, a 115 km do Itaquerão, o redator publicitár­io não deixou de estar ao lado do seu clube do coração.

Após assistir ao filme “Amor em jogo” (2005), que conta a história de um torcedor que nunca perdeu um duelo do Boston Red Sox, time de beisebol dos EUA, ele decidiu imitar o feito.

“O filme me motivou. Não sei se vou conseguir, mas gostaria de futurament­e colocar o Corinthian­s no Guinnes Book, como, por exemplo, o torcedor que passou 15 anos sem perder um jogo no estádio”, disse Butti à Folha.

Passaram-se três anos da inauguraçã­o do estádio, e ele já presenciou 69 vitórias corintiana­s, 23 empates e apenas sete derrotas. Embora tenha comemorado muitas vezes, lamentou seis eliminaçõe­s —duas pela Copa do Brasil, duas na Libertador­es e outras duas no Paulista.

“Vai ser legal [ser campeão paulista], porque vai tirar esse estigma maldito que algumas pessoas mantém dizendo que a arena é ‘zicada’. A melhor coisa de ser campeão no domingo vai ser tirar essa ‘zica’”, afirmou.

Para Butti, a eliminação mais dolorosa aconteceu em 2015, nas oitavas de final da Libertador­es. Com Tite no comando, a equipe era uma das mais badaladas do torneio e precisava reverter a derrota por 2 a 0 do primeiro jogo contra o Guaraní (PAR).

Com Guerrero, Renato Augusto e Jadson, a equipe não repetiu o bom futebol da primeira fase e foi desclassif­icada com nova derrota, desta vez por 1 a 0.

Já a partida inesquecív­el não foi em um confronto eliminatór­io, mas sim diante de um dos maiores rivais da história alvinegra.

“Eu tenho como o mais marcante o 1 a 0 no Palmeiras neste ano [na primeira fase do Paulista]. Até então era o 6 a 1 sobre o São Paulo, mas o que aconteceu contra o Palmeiras superou. Foi muita comunhão, muita pressão. Lembrou os tempos áureos de Morumbi, do Pacaembu”, lembrou o corintiano.

O confronto, válido pela quinta rodada, foi marcado por uma expulsão equivocada do volante Gabriel. Com um jogador a menos em todo o segundo tempo, o time teve forças para reagir e vencer.

Para muitos, o clássico foi o ponto de inflexão de uma equipe inicialmen­te contestada para aspirante ao título. Não para Luis Butti.

“O momento em que percebi que o Corinthian­s podia brigar por algo maior foi longe da arena. Em Mirassol, o Corinthian­s ganhou com o time reserva depois de tomar um susto. Ali eu falei: ‘esse

 ?? Bruno Teixeira/Arquivo pessoal ?? Luis Butti, 35, assistiu aos 99 jogos do Corinthian­s na arena e está prestes a comemorar o primeiro título da equipe em mata-mata na nova casa
Bruno Teixeira/Arquivo pessoal Luis Butti, 35, assistiu aos 99 jogos do Corinthian­s na arena e está prestes a comemorar o primeiro título da equipe em mata-mata na nova casa

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil