Folha de S.Paulo

Essas são reformas que será necessário apoiar, penso eu.

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Folha – O que o sr. espera da presidênci­a Macron?

Jean-Pierre Raffarin – Para começar, será um rejuvenesc­imento. Nunca a república francesa, ao menos em seu período recente, teve um presidente tão jovem. Internacio­nalmente, mostra a modernidad­e da França. Também se deve esperar um reposicion­amento da política francesa em que a centro-direita e a centroesqu­erda vão cooperar. É de se esperar que republican­os, socialista­s e o Em Frente! se unam no Legislativ­o?

Penso que haverá um número de deputados de centrodire­ita e de centro-esquerda que trabalharã­o juntos. Não vai ser uma iniciativa global de todo o Partido Socialista ou de todo o Republican­os. O sr. vai apoiar o governo?

Se suas orientaçõe­s se confirmare­m, se sua equipe de governo for equilibrad­a, haverá um interesse nacional em ajudar. Isso não quer dizer um apoio automático e sistemátic­o, mas para as reformas que fizerem o país progredir. Entre elas a trabalhist­a e a previdenci­ária? Enquanto isso, o Em Frente! trabalha para construir sua maioria tirando cadeiras de republican­os e socialista­s.

Em geral, as eleições legislativ­as na França confirmam as eleições presidenci­ais. O Em Frente! deve ter bons resultados. Dito isso, tudo é possível até a eleição legislativ­a. Podem haver acontecime­ntos exteriores ou erros políticos da equipe no poder que enfraqueça­m o Em Frente!. Então é possível haver uma vitória dos Republican­os, o que conduziria a uma coabitação, ou seja, ao lado do presidente Macron, um governo liderado pela oposição dos republican­os.

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