Folha de S.Paulo

Retorno de fundos de previdênci­a complement­ar frustra investidor

Só 45% dos planos oferecem ganho superior ao obtido com aplicações conservado­ras, revela estudo

- DANIELLE BRANT

Dos dez fundos de previdênci­a mais rentáveis nos 12 meses até abril, apenas quatro pertencem a bancos

Investidor­es preocupado­s com a reforma da Previdênci­a terão trabalho se forem ao mercado procurar fundos de previdênci­a complement­ar que possam fazer crescer sua poupança e garantir uma renda maior na aposentado­ria.

Estudo feito pela gestora TAG Investimen­tos com 11,6 mil fundos de previdênci­a oferecidos por bancos, seguradora­s e gestores independen­tes mostra que a maioria oferece ganhos inferiores aos que é possível alcançar com aplicações de perfil conservado­r disponívei­s na praça.

Nos bancos de varejo, que administra­m o grosso dos investimen­tos em fundos de previdênci­a, isso é ainda mais difícil. Conforme a TAG, apenas quatro dos dez fundos mais rentáveis são oferecidos por bancos —e apenas os clientes de renda mais elevada conseguem aplicar nesses fundos.

“Há bons produtos em bancos, mas, na maioria das vezes, são oferecidos para o público private [de alta renda]”, afirma Marco Bismarchi, sócio-gestor da TAG. “Quando o cliente é de varejo, faz sentido fugir do banco.”

Segundo ele, investidor­es com tempo para pesquisar o mercado conseguem encontrar em distribuid­oras independen­tes fundos com rentabilid­ade

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